6 de novembro de 2011

Always look on the bright side of life

Sempre pensei no mau antes de pensar no bom. Acho sempre que as coisas podem piorar antes de melhorarem. Mas...

Neste momento não consigo partilhar toda esta negatividade. Acho que por ter vivido sempre na negatividade consigo manter alguma serenidade.

Acho que ainda bem que fazemos parte da União Europeia. Dentro do mau, é o menos mau. Sem a UE éramos apenas nós. Subdesenvolvidos. Sozinhos. Neste momento, temos Merkl e Sarkozy a lutar por nós. Fazemos parte de uma equipa solidária. Eles não nos vão deixar afundar. Porque se afundamos eles também afundam. Não fosse isso e estávamos sozinhos. De Inglaterra ninguém diz nada. Cameron lava as mãos desta Europa. A verdade é que sempre estiveram com um pé dentro e outro fora. Alemanha e França precisam que a UE permaneça forte e unida. E ainda bem para nós.

Tenho pena que os últimos anos tenham sido vividos na terra dos sonhos. A analisar os candidatos a entrar na UE em vez de controlarem quem já lá estava. E agora temos um problema.

A nível individual... andamos a gastar demais. Hipotecas, empréstimos, contas ordenado, cartões de crédito. Esquecemos o poupar para comprar. Queremos aqui e agora. E pagamos o preço. E uso a primeira pessoa objectivamente porque também faço parte deste grupo. Trabalho que nem uma moura e desaprendi muito depressa tudo o que os meus pais me ensinaram.

Agora vem ao de cima o pior de nós. E o melhor. Começam a aparecer os abutres que se alimentam dos restos. Há e sempre houve quem se aproveite da crise. Por isso é que as frases que foram ditas e escritas há centenas de anos continuam a adaptar-se. Porque continuamos humanos. E enquanto formos humanos estas coisas vão acontecer. Mas porque se adaptam, não quer dizer que estamos como estávamos. Evoluímos. Vivemos melhor. Temos mais coisas. Menos valores? Talvez. Mas conquistámos muitas coisas importantes. Liberdade.

Temos de ver os gregos e não fazer como eles. Estamos na merda? Estamos no fundo do poço? Verdade. Então em vez de afundarmos mais, toca a arregaçar as mangas e ajudar a sair desta situação. A culpa não é nossa? Não fomos nós que pusemos o país onde está? Certo. Mas podemos ajudá-lo a reerguer-se. Se há uma garrafa vazia no areal da praia, eu apanho-a e ponho-a no lixo, mesmo não tendo sido eu a pô-la lá.

A minha vida não é perfeita. E eu não estou satisfeita. Mas... dos caminhos que tenho à minha frente, este é o escolhido. Porque não gosto dos outros e vou evitá-los enquanto puder. Respiro fundo e penso que, embora possa tudo piorar, também pode melhorar.

E por que não? Eu vou fazer por isso.

1 comentário:

FATifer disse...

… e todos devíamos fazer o mesmo!!

Beijinhos,
FATifer