Meu corpo cansado;
Os olhos em pequenos derrames.
Confusão da mente.
Parte vigília, parte sonho.
Noite, mulher negra embelezada,
Cabelos estrelados.
Sinto-te no silêncio, rendo-me em teus braços.
Mãe de penumbras e vultos,
És detentora dos meus enlaces.
O descanso, o revigoramento,
Reposição de minhas jornadas.
Sono, fadiga em pilhas fracas,
Meu eu em estado de coma.
Absorve-me, regala-te.
Quero ter lindos sonhos
Quero acordar descansada.
(M Soleni)
8 comentários:
Apropriado... ;P Lol
"Noite, mulher negra embelezada,
Cabelos estrelados.
Sinto-te no silêncio, rendo-me em teus braços."
Lindo...
siimm!
Mas, ontem, foi mais "Noite, madrasta de trabalho escravizado, Cabelos em pé, Sinto-te na fúria, rendo-me ao trabalho." Lol
Poesia pura!
Pois, a vida tá difícil...
Diz lá que eu até tenho jeito. Tenho uma veia poética muito latente... lol
Mas isto hoje também não dá para muito mais...
faz me lembrar o remorso póstumo de baudelaire
Quando fores dormir, ó bela tenebrosa,
Em teu negro e marmóreo mausoléu, e não
Tiveres por alcova e refúgio senão
Uma cova deserta e uma tumba chuvosa;
Quando a pedra, a oprimir tua carne medrosa
E teus flancos sensuais de lânguida exaustão,
Impedir de querer e arfar teu coração,
E teus pés de correr por trilha aventurosa,
O túmulo, no qual em sonho me abandono
- Porque o túmulo sempre há de entender o poeta -,
nessas noites sem fim em que nos foge o sono,
Dir-te-á: “De que valeu, cortesã indiscreta,
Ao pé dos mortos ignorar o seu lamento?”
- E o verme te roerá como um remorso lento.
O outro é mais bonito...
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