1 ano de GM.
O medo. Uma nova vida, um novo caminho que se abria. A difícil decisão de deixar o Ensino definitivamente para trás. Doeu muito, mas era já inevitável. 1 ano depois, conquistei o meu lugar... agarrei o meu espaço. Comecei de baixo e dei já alguns passos para cima, já subi alguns degraus. Tenho o grande inconveniente de nunca ter hora para sair. Já saí daqui à 1h da manhã e no outro dia às 9h estava aqui, como sempre. Não foram muitos dias assim, apenas os necessários.
Os colegas são porreiros. Um ambiente jovem e descontraído. Não há diferenças de tratamento entre administrativas e engenheiros. Temos quase todos a mesma idade e toda a gente se dá bem. Há casos à parte. Há a mimada que chora muito e faz birra e diz que não quer fazer determinado trabalho. Chora até lhe tirarem o trabalho que não quer fazer e receber um aumento. Depois há a outra croma que sai sempre às 18h. E é engraçado como nem são os patrões que olham para ela de lado, mas nós. Nós os colegas de trabalho que ficam além das 18h porque estão cheios de trabalho e ela que se vai embora indiferente a isso. O advogado que tem a minha idade e que é super picuinhas e tem a mania que ser tratado como doutor. Eu chamo-lhe dr. no dia em que ele me tratar por dra. (e sim, eu tenho assim mau feitio!).
Os patrões. O big boss demorou a aprender, mas já sabe o meu nome. Já me chamou jeitosa e é basicamente porreiro. A esposa é um caso estranho... estava cá há dois dias e ela disse que não gostava de mim porque tinha uma deficiência na fala... mas que, em último caso, passavam as chamadas para a minha colega da recepção da BT. (?!?!?!). O filho... acho que nunca me ralhou. Se calhar porque tinha consciência que me pagava mal. É super intimidador e olhem que não sou pessoa de se deixar intimidar. Ele consegue sempre levar-nos a dizer que sim a tudo. Acho que é porque elogia. Se ele me ralhasse, eu ganhava força e dizia o que pensava... mas como, quando vou falar com ele, ele só me elogia... eu vejo as palavras fugirem. Foi ele que recusou que eu desse aulas na Escola Superior de Educação, mas também foi ele quem disse logo que sim ao aumento que pedi.
Sempre que alguém não quer ou não consegue fazer alguma coisa, sobra para mim. (No resultado do choro, parte do trabalho da mimada do sítio passou para mim). Não me importo. Ainda estou na fase de mostrar o que valho para poder crescer mais. Talvez no próximo ano receba o suficiente para arrendar um apartement :) working on a dream.
No fim de contas, é um balanço positivo. Fiz bem em deixar o Ensino.
O medo. Uma nova vida, um novo caminho que se abria. A difícil decisão de deixar o Ensino definitivamente para trás. Doeu muito, mas era já inevitável. 1 ano depois, conquistei o meu lugar... agarrei o meu espaço. Comecei de baixo e dei já alguns passos para cima, já subi alguns degraus. Tenho o grande inconveniente de nunca ter hora para sair. Já saí daqui à 1h da manhã e no outro dia às 9h estava aqui, como sempre. Não foram muitos dias assim, apenas os necessários.
Os colegas são porreiros. Um ambiente jovem e descontraído. Não há diferenças de tratamento entre administrativas e engenheiros. Temos quase todos a mesma idade e toda a gente se dá bem. Há casos à parte. Há a mimada que chora muito e faz birra e diz que não quer fazer determinado trabalho. Chora até lhe tirarem o trabalho que não quer fazer e receber um aumento. Depois há a outra croma que sai sempre às 18h. E é engraçado como nem são os patrões que olham para ela de lado, mas nós. Nós os colegas de trabalho que ficam além das 18h porque estão cheios de trabalho e ela que se vai embora indiferente a isso. O advogado que tem a minha idade e que é super picuinhas e tem a mania que ser tratado como doutor. Eu chamo-lhe dr. no dia em que ele me tratar por dra. (e sim, eu tenho assim mau feitio!).
Os patrões. O big boss demorou a aprender, mas já sabe o meu nome. Já me chamou jeitosa e é basicamente porreiro. A esposa é um caso estranho... estava cá há dois dias e ela disse que não gostava de mim porque tinha uma deficiência na fala... mas que, em último caso, passavam as chamadas para a minha colega da recepção da BT. (?!?!?!). O filho... acho que nunca me ralhou. Se calhar porque tinha consciência que me pagava mal. É super intimidador e olhem que não sou pessoa de se deixar intimidar. Ele consegue sempre levar-nos a dizer que sim a tudo. Acho que é porque elogia. Se ele me ralhasse, eu ganhava força e dizia o que pensava... mas como, quando vou falar com ele, ele só me elogia... eu vejo as palavras fugirem. Foi ele que recusou que eu desse aulas na Escola Superior de Educação, mas também foi ele quem disse logo que sim ao aumento que pedi.
Sempre que alguém não quer ou não consegue fazer alguma coisa, sobra para mim. (No resultado do choro, parte do trabalho da mimada do sítio passou para mim). Não me importo. Ainda estou na fase de mostrar o que valho para poder crescer mais. Talvez no próximo ano receba o suficiente para arrendar um apartement :) working on a dream.
No fim de contas, é um balanço positivo. Fiz bem em deixar o Ensino.
17 comentários:
Excelente balanço!!!! É bom sentirmos que estamos a crescer!!!! É bom ver que os dias cinzentos, misturados com os brilhantes, ainda têm uma tonalidade alegre... que a nossa vida tem um percurso e um sentido, mesmoq ue não tenhamos consciência disso todos os dias.
Um grande beijo.
Lita: por isso são importantes os balanços... :)
Sabes... quando pego nos meus diários, percebo que escrevo mais quando estou triste. O meu último diário é uma sucessão de acontecimentos tristes. Não por eu ser uma pessoa triste, mas apenas e só porque quando estava bem e feliz não escrevia.
Temos de lembrar o mau, mas o bom também. Nada é perfeito, mas temos de ter consciência do que queremos para nós e trabalhar para isso... há algum tempo eu percebi que o meu sonho não é dar aulas, mas ser independente. Por isso, pouco importa se dou aulas, se lavo chão, se atendo telefones, se ensino música, se trabalho numa empresa de construção civil... sei o que quero.
Desculpa.
Então Parabens por este ano e que o próximo seja cheio de novos sucessos e o alcance de novos patamares!!!!
uma beijoca
:)
Brigitte: a ver... espero mesmo que as coisas se componham... e que haja mais degraus ao meu alcance. Vou trabalhar para isso...
Kiss
Descrições sempre fantásticas. Fiquei para aqui a imaginar como seria. Admiro-te a coragem de conseguires ultrapassar determinadas situações...
Há pessoas estranhas... muito estranhas!
beijos.
:)
Vera: há... sem dúvida... mas temos de tentar ver o lado delas... ver que devem ser muito tristes e infelizes e sorrir quando nos apetece berrar.
E somos mais fortes do que pensamos. E superamo-nos a cada dia.
Kiss
Sim, deves estar feliz e ao mesmo tempo insatisfeita com o que conseguiste, mereces mais, muito mais!
Bj
Verónica: a seu tempo. Não podemos ir com demasiada sede ao pote ou o cântaro parte-se :) o meu caminho tem de ser construído passo a passo, com segurança.
Kiss :)
Adoro quando pedes desculpa e não percebo porquê. :)
Aquilo que disseste é fabuloso. Descobri que o meu sonho é... e faço o que for necessário para o concretizar! Uau!!!! :D
Lita: nem que seja lavar chão! E é verdade que os tempos em que fui mais feliz nos últimos anos foi a lavar chão e servir comida :)
Pedi desculpa porque me pus a deambular nas minhas ideias que nem parva...
Beijo!
Olá, Ianita!
Encontrei-te, por acaso, na blogosfera há uns tempos (o mundo é mesmo pequeno!) e tenho seguido o teu blog com atenção. Já não sabia de ti há muito tempo! Fico feliz por saber que te encontras bem e que estás orientada profissionalmente, apesar de não ser na área do ensino. Eu continuo por Coimbra, mas não deve ser por muito tempo...
Gosto mesmo do teu blog, a sério! Tenho-o lido todos os dias..:D
MarYland AKA Mariana de Clássicas, tua colega de curso ;)
Mariana:...... então não me haveria de lembrar?
Se me acompanhas, deves ter reparado que de vez em quando tenho umas crises de nostalgia pelo passado de Coimbra... :)
Lembro-me das festas em casa da Dina. Lembro-me do teu sentido de humor. Fomos os melhores caloiros de clássicas de sempre!!!! Lembro-me muito bem! :)
Há quanto tempo! E vinhas aqui e nem dizias nada! :)
Sabes... farta de recibos verdes e de não saber se tinha trabalho depois do Verão... estou melhor assim.
Beijo grande e espero que voltes e que não deixes de deixar marca. Saudades, Mariana.
Beijo!
Fico muito feliz por ti! Keep on! :)
Sayuri: e tu workaholick? Como vai isso? E a assistente?
Kiss
peço desculpa por entrar sem pedir licença...
trabalho num sítio onde um dos fumcionários administrativos é gago. Conta-se que o antigo director o tinha proibido de atender o telefone por isso mesmo. Tanto é que (e este director já saíu há vários anos) só o ano passado este colega passou a ter um telefone na secretária, que não atendia a maior parte das vezes. mercê da minha e de outras insistências, passou a fazê-lo.
Curiosamente, alguns serviços do estado com quem trabalahamos, congratulam-se por isso: "o J. é a vossa imagem de marca!"
essa patroa não estará a precisar de um upgrade?
Beijinhos, Rosa
publiquei sem corrigir as gralhas...Sorry
Rosa
Patachoca: um upgrade daqueles grandes!! Até porque a minha "deficiência" é apenas e só nos ssss. Sou sopinha de massa e nem sou das piores... enfim! Há pessoas assim!
Kiss
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