Mostrar mensagens com a etiqueta trabalho. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta trabalho. Mostrar todas as mensagens

7 de fevereiro de 2011

96

Tenho andado entretida a fazer um álbum digital dos meus 30 anos de vida. Fiz um para os 18 anos da Sara e o resultado foi tão bom que resolvi fazer para mim. Dá trabalho. Digitalizar fotos antigas. Formatar fotos. Escolher enquadramentos, fundos, alinhamentos... escolher as melhores fotos para o álbum não exceder o limite de 96 páginas. Eu sei que parecem muitas, mas os meus anos também são muitos. Aliás, as minhas experiências boas e dignas de registo para a posteridade é que são, felizmente, muitas.

Está quase concluído. Faltam ainda umas fotos antigas. E os últimos retoques. E reparei, assim sem querer, que em todas as 96 páginas não tenho nem uma foto do trabalho ou com pessoas do trabalho. Excepto, obviamente, o ano de Cantanhede.

E eu, que tenho de tirar segundos sentidos de tudo, entendo que isto quer dizer que o trabalho só é importante porque paga as contas. Não é do trabalho que me lembro quando penso na minha vida. Por isso, tenho de aprender a não lhe dar tanta importância. A não me chatear tanto. A deixá-lo lá onde ele está e a não o trazer para casa. Porque há 96 páginas cheias de coisas que são muito mais importantes e que merecem mais a minha atenção.

Além disto do trabalho, reparei também que há pessoas que já foram muito importantes para mim e que não aparecem nem em uma foto. Não é rancor. Nem uma escolha propositada. Simplesmente são pessoas que eu achei que eram importantes, mas que não eram. Porque não aparecem nos meus momentos felizes. Muito menos nos tristes. Por isso, é quase como se não aparecessem na minha vida.

São só 96 páginas. Mas sou eu. São pedacinhos de mim. E sinto que a minha vida está ali. E não sinto nenhuma falta de quem não está.










23 de novembro de 2010

Sapatos

Tenho uns sapatos novos. Nada de especial. Altos muito altos. De pele. Nada de verniz nem veludo como se usa este ano. Uns sapatos de salto perfeitamente normais. Sem enfeites. Sem lacinhos e laçarotes. Sem brilhantes. Uns sapatos simples e banais.

À excepção de serem vermelhos. A primeira vez que os levei para o trabalho, com calça de ganga, passei o dia a ser chamada de "Ana red shoes".

Hoje voltei a calçá-los. Com um vestido preto. E meia preta. E voltei a ouvir falar em red shoes. Mas lindo lindo lindo foi quando me disseram que eu fazia lembrar a Jessica Rabitt. E quando a pessoa faz a associação, uma rapariga olhou para mim e disse "olha! Parece mesmo". LOL

Depois de uma miúda de 5 anos me ter baixado a moral (porque me deu um beijo na boca e logo a seguir disse "que nojo!!" de forma demasiado veemente), hoje senti-me em altas. Pode ser um desenho animado, mas convenhamos que é um desenho animado bem torneado :)

17 de novembro de 2010

Rapidinhas

Aqui a gaja sem espírito natalício comprou hoje prendas para 9 pessoas. Imaginem se estivesse embuída do dito cujo... upa upa!

Patrão para ianita - Cada dia mais bonita. Tens de me dizer qual é a tua marca de chocolates porque te estão a fazer bem!
[Cadbury de leite, DAAHHH!]

Nas análises... estive uma data de tempo na sala de espera, precisamente, à espera... não da minha vez para ir tirar sangue para o tubo... mas que o sangue parasse de esguichar.

(quando é que eu posso dar as prendas mesmo?)

12 de novembro de 2010

21 de outubro de 2010

Perfis, chapas, tubos, barras, cantoneiras e a dor de dentes

Até parece que percebo de construção civil. Mas é só aparência.

No outro dia, ao fazer um mapa comparativo, percebi que estava a fazer alguma coisa errada. Dei voltas e mais voltas e mais voltas e não consegui dar com o gato... tive de pedir a um colega que olhasse... estava a multiplicar o preço tonelada pelos quilos.. pois...

Ontem... deram-me um preço por hm. E eu precisava do valor por metro linear. Em vez de dividir por 100, reduzi o valor para metros... (como se fosse o número de hm e não o valor por hm)

Tudo isto muito bem temperadinho com uma dor de dentes daquelas. Daquelas provocadas pelo bruxismo. Mais um dente desvitalizado sem cárie nenhuma... "só" o nervo morto. (Obrigada Patrícia, e os comprimidos já estão a fazer efeito...)

Amanhã é dia de ir a Coimbra ao divã sem divã. Fazer uma perninha a ver guias de transporte e notas de encomenda de tubos e perfis e ir à manicura.

Já só queria passar bem a noite e não ter muitas dores amanhã....

9 de outubro de 2010

Cenas

Demorei-me no jantar de ontem muito mais do que contava. Não que o homenageado não merecesse, mas eu tenho pouca tolerância a conversa da treta com gente falsa e má.

Mas um querido colega de trabalho levou a namorada e eu quase os obriguei a sentarem-se perto de mim. E conversámos conversámos conversámos e as horas foram passando. Ao contrário do que esperava, foi uma noite muito agradável. (e comi demasiadas porcarias... queijos... presunto... bacalhau espiritual... batatas fritas... gelado de frutos silvestres, pudim caseiro, mousse de chocolate...... nham nham!)

Dormi muito bem, embora pouco. Porque hoje foi dia de explicando novo em Leiria e de dar explicação mais cedo à menina dos Sábados. Andei meio dia a correr, mas fiz tudo, não deixei ninguém à espera e ajudei duas crianças. E no fim do mês são mais cento e tal euros por 3h do meu tempo por semana. Custa, mas não sabemos o dia de amanhã. Há que aproveitar as oportunidades e deixar de ser cabeça oca e a pôr o guito de parte...

E ontem vi sapatos pretos mais baratos. Não eram perfeitos como os de 70€, mas eram aceitáveis e se calhar compro um par desses aceitáveis... não preciso de coisas perfeitas na minha vida :)

29 de setembro de 2010

Recalculando (ainda as 4ªfeiras e as idas aos "divãs")

Acordar mais cedo que o costume. Pegar no carro e seguir rumo a Coimbra. Hoje havia duas consultas de divã sem divã. Cheguei à hora certa. Fiz logo a inscrição para as duas consultas e paguei a taxa moderadora (4,5€).

Depois foi esperar.

O primeiro médico atrasou-se, mas nada de muito grave. Disse-me que estava mais bonita, mais elegante, mais feliz e com menos pensamentos (ainda lhe perguntei se me estava a chamar loura burra ou cabeça de vento, mas afinal não… era supostamente um elogio). Pediu-me que imaginasse que ele era uma fada madrinha que tinha o poder de me conceder 3 desejos. Quais seriam?

1. O euromilhões
2. Saúde
3. Não preciso de mais nada…

De certeza que não quer escolher mais nada? E eu que não, que não precisava de mais nada. Que com saúde tudo se consegue e que o dinheiro nem era para mim, mas que resolvia a vida a muitas das minhas pessoas. E o príncipe encantado? E eu que não, que não acredito em príncipes encantados, que são um monte de patranhas dos contos de fadas. E ele, mas olhe que existem príncipes encantados. E eu disse que sim, que existem príncipes encantados num dia, mas que desencantam no outro. E ele rematou mencionando um amigo comum, que indicou como exemplo de príncipe encantado e sublinhou que teria era de procurar na geração dele. Lol Sem mais comentários.

Pela outra consulta tive de esperar bem mais. Bem mais… mas a verdade é que ela me estava a fazer um favor. A consulta era ontem, e eu pedi para ser hoje para ser no mesmo dia da outra consulta. Ela acedeu, mas estava sujeita à espera. Assim foi. Diz ela que eu não tenho problema absolutamente nenhum. Eu é que os invento. :) levo-me demasiado a sério. Levo o que penso demasiado a sério. Tenho de aprender a relaxar. Aprender que pensamento e realidade são coisas distintas e que o que penso não é necessariamente o que acontece. Aprender a não valorizar o que penso. Ver os meus pensamentos como um monte de tretas que por aqui passa.

Depois, regresso a casa. Ida ao banco onde sou tratada como cliente xpto. Por curiosidade perguntei há quanto tempo era cliente… desde 1991… há 19 anos. É muito ano…

Quase 3 anos depois lá mudei a conta para conta-ordenado (quanto mais não seja porque a conta-ordenado não tem despesas de manutenção).

Lá preenchi os papéis para a caixa-directa, para finalmente poder movimentar a conta pela internet.

E lá pedi o cartão de crédito. Com pagamentos a 100% porque eu não quero nem preciso de crédito. O cartão de crédito serve para não ter de pedir favores sempre que quiser fazer reservas no booking ou comprar dvds na Amazon (ai que a wishlist é cada vez maior……). Para comprar bilhetes on-line já tinha o MBNET, mas para sites dotcom não dá :(. Mas agora sou a fantástica detentora de um cartão caixa woman :) ah pois é!

Fui a casa comer qualquer coisa e espreitar os e-mails e bora picar o ponto. Pouco mais de duas horas de trabalho para um monte de chatices e asneiras. Acho que podemos concluir que as 4ªfeiras só são um dia mau quando estou a trabalhar… ou seja, podemos não abolir as 4ªfeiras, desde que se possa não trabalhar à 4ªfeira. Que tal? :)

28 de setembro de 2010

I'm in love

Definitivamente. Irremediavelmente. Vê-se pelo brilho nos olhos. Vê-se pelo sorriso maroto. Vê-se pela alegria. Vê-se. Transpira a cada palavra. Perco a noção do tempo e do espaço. E perco-me....

O Nandinho queria ser inconsciente e ter a consciência disso. Eu tive a felicidade e perdi-a. Por isso sei dar-lhe valor quando ela me aparece, mesmo que por breves vislumbres.

Sou tão mais feliz a ensinar Fernando Pessoa. Tão tão tão. Sinto-me viva. Não sinto cansaço. O tempo pára.

Não há por aí ninguém que pague para eu ensinar Português de 12ºano? Não? É que eu queria mesmo. E se eu fizer beicinho? Não? Valia a pena tentar....

Fico-me com o meu trabalho de todos os dias... e com vislumbres de felicidade umas vezes por semana... Podia ser pior...

22 de setembro de 2010

Ainda as 4ªfeiras

Acho que já por aqui referi que odeio as 4ªfeiras. Nada de bom acontece à 4ªfeira. E hoje não foi excepção.

E nada de "perrepeupeu pardais ao ninho e tal, que estás sugestionada e atrais as coisas más para a 4ªfeira". Mesmo se eu acreditasse nessas coisas, é demais pensar que o meu negativismo relativamente à 4ªfeira conseguiria influenciar pessoas a kms de distâncias a tomar decisões que me influenciam a uma 4ªfeira. Isso era ser narcisista e achar que o Universo não tem mais que fazer que olhar para mim e fazer coisas acontecerem Mundo a fora para me acontecerem à 4ªfeira. Ridículo.

Como são ridículas as 4ªfeiras.

Como sou ridícula eu. E tonhó. E parvinha.

Hoje, além de um milhão de outras coisas que nem vale a pena enumerar, tive a certeza que nunca vou mudar. Vou continuar a ser a treta da boazinha em cima de quem toda a gente pisa. Sou incapaz de ser má. Sou incapaz de pagar na mesma moeda. Sou coração mole e, por mais razão que tenha, no fim de contas tenho pena das pessoas. E eu que estava tão feliz porque me impus a duas fulanas na fila da bruxa (elas estavam à minha frente, mas entretanto foram dar uma volta... regressaram e viram que ainda demorava e foram dar mais um giro... nem uma palavra aqui à minha pessoa... quando chegou a vez delas, levantei-me e fui eu. Ficaram indignadas e disseram que estavam à minha frente, mas eu disse "sim, mas eu estive aqui o tempo todo" e entrei) e hoje... vejo uma das cabras que me anda a rogar pragas, a falar mal de mim, a dizer que eu devia ser despedida, isto enquanto me sorri com quantos dentes tem, aflita com um trabalho e fi-lo.

É triste. É a uma 4ªfeira que percebo que mereço. E a minha raiva não é com ela, que é cabra e hipócrita, mas que eu já sei como é. A minha raiva é comigo que, sabendo quem ela é, larguei as minhas coisas para a ajudar, mesmo sem ela me pedir ajuda.

Mais valia andar com um cartaz a dizer "F***** a vida que eu mereço".

Não nasci para viver neste Mundo. Não nasci para viver e conviver com estas pessoas. Nasci sem esses anti-corpos e agora é o que se vê. Sou saco de pancada.

E pior que ser cego é não querer ver. Ou não aprender com a merda que se faz.

Estou desiludida comigo e sinto que o Mundo se desilude comigo também.

(já disse que odeio 4ªfeiras? Ainda para mais, amanheci com herpes!!!)

9 de setembro de 2010

Rapidinhas

1. Hoje, e pela segunda vez este ano, lavei o meu carro. Está branquinho branquinho branquinho (desde que visto sozinho... ao lado de um outro carro branco está mais para o bege que para o branco...).

2. Do bom de viver numa aldeia (não podia ser tudo mau)... fui à Papelaria da Vila comprar um agrafador grande. Só me mostraram dos pequenos. Perguntaram-me para que o queria e eu expliquei (até porque me podiam dar outra solução sem ser o agrafador) e a senhora funcionária disse "se quiseres levas o meu e vais-mo levar a casa logo à noite". Não paguei nada, resolvi o problema e já devolvi o agrafador :D

3. O meu patrão ontem deu-me um estalo no rabo. Se eu lhe desse um estalo será que ele se ria tanto?

4. E é já Sábado o Pic-Nic :) Tenho a dizer que muita coisa já está pronta e que vão ter muitas surpresas :) Preparem-se para uma boa dose de loucura, palermice e muitas caipirinhas :D

13 de agosto de 2010

Fim da semana

Fim de uma semana que foi um verdadeiro teste à minha paciência e ao meu auto-controle.

Muitos problemas no trabalho. Muitos mesmo. Irreversíveis. Pelo menos para mim. Já chorei o que tinha de chorar e agora... é ter muita calma e não tomar decisões precipitadas.

E hoje morreu uma prima da minha mãe. Esposa do primo Martim Adriano. Que era filho do tio Martins, o irmão preferido da minha avó. Ainda me lembro quando a minha avó acordou do coma de que os médicos disseram que ela nunca acordaria, há 11 anos, e viu o primo Martim Adriano e lhe chamou Martins. Achava que o irmão ainda estava vivo, coitada. Não estava.

A prima tinha 61 anos. E é assustador ver pessoas da idade dos meus pais a morrer. Mexe-me com o sistema. E ver a minha mãe doente sem saber de quê. Magra magrérrima. A comer imenso e a continuar a emagrecer. A fazer exames atrás de exames atrás de exames... eu juro que tento não pensar estas coisas, mas penso. A psicóloga diz que não posso reprimir os pensamentos. Que tenho de aprender a aceitá-los como algo natural e que assim talvez deixem de me incomodar... eu tento!

E depois da 2ª alteração à medicação, consegui notar uma diferença. Já consigo estar deitada de barriga para cima. Claro que antes também conseguia, mas não me sentia confortável. E agora sinto-me tão relaxada e normal que adormeço nessa posição quando está muito calor. Nunca antes em 30 anos tinha acontecido.

Entretanto vou aproveitar os dias de sossego para estar comigo. Eu, o Seinfeld, e uma mega tablete de Cadbury :)

11 de agosto de 2010

Cada um cumpre o destino que lhe cumpre,
E deseja o destino que deseja;
Nem cumpre o que deseja,
Nem deseja o que cumpre.

Como as pedras na orla dos canteiros
O Fado nos dispõe, e ali ficamos;
Que a Sorte nos fez postos
Onde houvemos de sê-lo.

Não tenhamos melhor conhecimento
Do que nos coube que de que nos coube.
Cumpramos o que somos.
Nada mais nos é dado.

Ricardo Reis

E aprender que tudo passa... e que podemos ter o bom sem termos o mau. O que eu queria era que a Fortuna me sorrisse para me libertar.

2 de agosto de 2010

Fez-se-me um nó na cabeça. Daqueles bem apertados e bem difíceis de desfazer.

Eis que tenho de ir aprender uma tarefa para a fazer quando a colega estiver de férias. Lançamentos de movimentos bancários.

Crédito = +
Débito = -

Certo?

Errado!

"Porquê?", pergunto eu. "Não sei. É assim", responde a colega.

Dá-se o nó. A cabeça dói. Não é que não conseguisse fazer. Conseguia. Tudo o que é mais é menos. Tudo o que é menos é mais. OK. Mas porquê?

Bem me dizia a psicóloga (e é incrível como nos "vêem" mesmo à primeira vista) que eu tinha a triste mania de querer racionalizar/perceber tudo. É um facto. "Porque sim" é algo que não se me encaixa.

Tenho a ideia brilhante de ligar à minha contabilista/irmã querida, licenciada em Gestão e contabilista, grande crânio das matemáticas e demais ciências exactas, tábua de salvação em outros momentos de grande nó na cabeça (tipo, como se divide 33,7 por 1,2 sem usar máquina?).

Eu- Tou com um problema. Por que é que nos lançamentos da empresa o que é mais é menos e o que é menos é mais?

Ela, grande crânio matemático - É uma convenção. É assim porque é assim...

Eu - WTF???!!! Ainda dizes tu que gostas de ciências exactas. "Porque sim" não é uma resposta de uma ciência exacta!!

Em letras é normal... estamos habituados à denotação e à conotação. Ainda assim, tudo tem uma origem e um porquê. Tudo se explica. Não estava preparada para um "porque sim" quando eu própria, enquanto professora, nunca o usei como resposta a aluno nenhum...

Mas pronto... a maninha entretanto veio cá a casa e conseguiu explicar de forma a eu entender...

[basicamente, quando falamos de uma empresa, nunca há movimentos isolados. Um movimento de débito, envolve um outro de crédito e vice-versa. Ou seja. Quando a empresa emite uma factura a um cliente, está a fazer um débito. Mas tem de fazer, na conta da empresa o crédito desse valor. Porque embora não o tenha ainda, este valor faz parte do Património da empresa. Depois, quando o cliente paga, aparece no extracto bancário como um crédito, mas temos de ir à conta da empresa fazer o débito desse valor, que já não está "a haver". O valor aparece na conta bancária, um dos elementos que faz parte do Património. Ou seja, não pode constar na conta bancária e no saldo da empresa ao mesmo tempo. Logo, a cada crédito no extracto bancário corresponde um débito na conta da empresa. Logo, mais dá menos :)]

É que eu tirei letras por vocação e não para fugir fosse ao que fosse. Sou uma mulher inteligente. Não sei tudo, como é óbvio. Mas gosto de pensar que, se me explicarem, não há nada que eu não entenda.

Ainda bem que forcei. Afinal não era "porque sim" :)

29 de julho de 2010

Coisas

Outra noite de um sono maravilhoso e reparador. Mais um dia a acordar de bom humor, apesar do calor, apesar da transpiração, apesar dos colegas, apesar de tudo. Mais um dia "on fire". O trabalho a render mesmo muito. Há muito tempo que não saía do trabalho com esta sensação de dever cumprido.

Não quer dizer que não trabalhasse. Trabalhava e muito. Mas chegava ao fim do dia e não se via o que tinha feito. Era uma coisa aqui, outra coisa ali e de repente o dia acabava.

Ontem e hoje não foi assim. A cabeça estava a funcionar bem e consegui fazer muitas coisas chatas sem ficar com dor de cabeça. Logo, sem dor de cabeça, consegui fazer ainda mais coisas.

E atendo o telefone e é alguém que quer falar com uma colega minha acerca do casamento. E eu sorrio. Olho o monte de papel já registado e já arquivado e sorrio.

Tenho a minha consciência tranquila. Posso não ter mais nada... nem casa própria, nem filhos, nem pulseiras Pandora, nem namorado rico, nem nada de nada. Tenho o mais importante. E por isso sorrio.

E agora, para descansar mais ainda e dar umas boas gargalhadas, vou ver o dvd da 1ª temporada de Mad About You. Uma das minhas séries preferidas e que chegou ontem pelo correio. E veio bem acompanhada. Veio com a box das 9 temporadas de Seinfeld e com as duas temporadas de Extras, do Ricky Gervais. E tudo isto por 129€ (incluindo despesas do banco e portes), sendo que só a box de Seinfeld cá custa 200euros. Estou completamente rendida às maravilhas da Amazon. E acho que vou começar a deixar lá a minha lista de presentes de Natal e aniversário :)

E sim. A minha vida gira em volta de umas quantas futilidades. Mas eu trabalho muito para receber pouco. E já que me esforço, gosto de gastar o meu dinheiro em coisas que me dão prazer... tipo, manicure, roupa, sapatos, Viagens!, séries, livros, spa, massagens... and so on.

Sou boa pessoa. Amiga do meu amigo. Amiga até do meu inimigo. Tenho ar de animal feroz, mas só faço mal a melgas e mosquitos. Trabalho. Mereço mimar-me :) aliás, mereço mimos em geral, mas como mais ninguém me mima... ehehhe! (mentira que ainda há 10 minutos a mummy veio aqui dar-me um pouco de chocolate para me adoçar a boca).

E assim acontece... :)

22 de julho de 2010

Um empurrãozinho...

Era o que me faltava. Uma pessoa acomoda-se às situações e justifica essa acomodação com um sem-número de coisas. Uma pessoa pensa que no fundo até está tudo bem. Que comparando com os outros até se está bem. Que se vive num bom ambiente. De galhofa e entre-ajuda.

Puro engano. A verdade é que dizemo-nos o que for preciso para nos sentirmos satisfeitos com a situação que temos. Talvez porque não nos sentimos com forças para a alterar e assumir as consequências dessa alteração.

Já mudei de vida algumas vezes. Nunca foram decisões fáceis, mas agora parece que me amedrontei mais. Ou não fosse eu a menina dos medos...

Hoje recebi mais um empurrãozinho... sempre disse que tinha um excelente ambiente de trabalho e hoje percebi que era tudo mentira. Vi e-mails trocados entre colegas a fazer pouco de mim. A gozar. A deitar abaixo o meu trabalho. A chamarem-me chata. A dizerem que não me suportam e que o melhor era eu ir embora.

Uma outra colega, não envolvida neste caso, leu os e-mails e disse que não ficou surpreendida... eu fiquei, confesso. Sou mesmo loura burra. Achava que estas pessoas gostavam de mim. Que quando me perguntavam da minha vida era por me quererem bem, por me verem triste e me quererem ajudar... afinal perguntavam para depois gozarem entre elas com o que eu contava.

Tenho 30 anos e ainda pareço uma miúda. Espero sempre o melhor das pessoas. Espero verdade. Honestidade. As pessoas não têm todas de se dar bem, mas pelo menos não fingem interesse quando não o têm. Eu não faço isso. Posso não gostar de uma pessoa, mas não tenho conversas privadas com essa pessoa. Acho engraçado que digam que sou cusca e que ando sempre a ouvir conversas... em primeiro lugar, quando alguém me pergunta da minha vida, eu sinto-me no direito de perguntar de volta... depois, não tenho culpa de estarem sempre a falar de assuntos pessoais em horário laboral. Ainda há quem trabalhe.

Fiquei indecisa sobre o que fazer... se respondia a um dos e-mails para as deixar "encaralhadas" ou se ignorava. Por enquanto é o que vou fazer... ignorar. Deixar de responder a perguntas que não tenham que ver com trabalho e rezar para não se virem meter comigo num dia em que eu esteja de mau humor... porque aí ouvem o que não querem ouvir.

É engraçado como as pessoas mudam... ou, se não mudam, como eu consigo ser ingénua. É engraçado como as pessoas conseguem ser perversas e mesquinhas. Se vos incomodo tanto, não me falem!! Falsas de um raio! Ainda hoje uma delas me veio encher de perguntas sobre as férias e a minha sobrinha e afins e sobre os meus pais e sobre uma data de coisas... A mesma pessoa que me chamou cusca num dos e-mails que nem sonha que eu li! É preciso ter lata!

E eu tenho de ver se acordo para a vida e se arranjo forma de mudar muito do que está a correr mal comigo... Chega de ser burra...

15 de julho de 2010

Triste

Não sei porquê. Talvez já a nostalgia do fim, quando vou ainda a meio.

Esta noite sonhei com o trabalho. Sonhei que me chamaram e que eu tive de interromper as férias e ir. E sonhei mais coisas... nestas férias tenho feito de tudo, menos dormir bem. Nas primeiras noites era calor. Depois não sei... qualquer coisa.

Quando olho para as pessoas que estão comigo e de quem gosto tanto, só penso que me vou embora e eles vão ficar. Penso que vai passar quase um ano para nos reunirmos todos outra vez. Penso que não tarda volto a casa... sozinha.

E sim. Deveria estar a viver o momento... mas não estou. Estou a precisar de um par de estalos... essa é que é essa. (Já agora, ando de volta do "Eça Agora" e estou a gostar muito).

E toca a despachar que me esperam as conquilhas para apanhar...

6 de julho de 2010

Mais coisas

1.
- Que corsários tão giros!! Andava mesmo à procura de uns assim para ir para a praia!

(já chega de bater no ceguinho... se acham que a minha roupa não é fashion o suficiente é favor contribuirem para um banho de loja que eu não me importo nadinha!)

2. Tenho os miolos escalfados.

3. Não consigo dormir no meu quarto, pelo que tenho dormido no sofá da sala. Anima-me o facto de estar quase de férias... chateia-me ser dia 6 e ainda não ter recebido e ter a magnífica quantia de 20€ na conta. Sr. Patrão, faz favor de dar dinheirinho aqui à menina porque a menina tem manicure marcada para 5ªfeira e precisa atestar o depósito do popó para poder ir de férias, ok?

4. Quando acho que já vi e ouvi tudo, eis que ainda sou surpreendida pela maldade do ser-humano. Há níveis baixíssimos de falta de dignidade e de psicose e de maldade pura e dura. Desconhecia. E, sinceramente, preferia continuar a desconhecer. Dói-me fisicamente saber que há pessoas assim a respirar o mesmo ar que eu. Não digo que devem morrer. Digo que devem respirar outro ar. O meu ar é de liberdade, o ar desses psicopatas não o deveria ser.

3 de julho de 2010

Coisas

1. No outro dia vi-me envolvida numa conversa surreal... com alguns requintes de malvadez.

Não vou reproduzir a conversa... digamos que fui "encurralada" por duas pessoas do patronato e que tive de ouvir, entre outras coisas, um "que horror" quando lhes disse o meu peso anterior (porque perguntaram) e um "imagino que já tinha dificuldades em arranjar o que vestir".

Sem mais comentários.

2. À parte de todas as teorias, eu descobri o porquê de preferir cães a gatos. Os cães não passam as noites a subir a telhados e a mandarem-se para os telheiros e a fazerem um barulho horrível que me acorda e me deixa assustada a pensar que podem ser gatunos. Aposto que eles sabem que me acordam e fazem de propósito para me assustarem. Aposto que se ficam a rir de mim. Cromos! Os cães não fazem estas maldades e por isso eu gosto mais de cães! :)

3. Entretanto estou em contagem decrescente para as férias e hoje já vou começar a fazer a mala!! Eu sei que ainda falta uma semana, mas fazer a mala dá-me a sensação de que está mesmo mesmo quase! :D O que é triste é que este tempo de espera parece que demora a passar e, mal esteja de férias, vai passar a correr... ainda assim, não vejo a hora!! :)

25 de junho de 2010

Para rir

Hoje de manhã, recebi o seguinte e-mail:

"Assunto: Jogo de Portugal - Hora de Almoço

Caros colegas,

Por indicação da Administração quem pretender ver o Jogo de Portugal pode alterar a hora de almoço para as 15h, ou seja, das 15h às 16h. Lembramos que quem tem marcação no refeitório, e altere a hora de almoço, deverá cancelar a refeição no máximo até às 10h15.

Obrigada."

No seguimento desta boa notícia, por volta das 13:45, andava o patrão pelo escritório e resolve meter-se com uma colega que também tinha adiado a hora de almoço para ver o início do jogo. Pergunta-lhe se não tem fome, se aguenta até às 15h. Entretanto eu saio do gabinete de direcção de obra para ir à sala de reuniões e só ouço:

- Esta (dirigindo-se a mim) é que não precisa de almoçar! Anda sempre a comer!

O sr. patrão no seu melhor... no outro dia passou por mim nas escadas e deu-me uma palmadinha na face, seguiu caminho, mas não sem antes dizer:

- Tens a cara fofinha! (lol)

(o sr. patrão anda desatento, porque eu NÃO ando sempre a comer e até estou bastante mais magra. Embora, reconheço, continue gorda e possa muito bem passar sem almoçar! lol!)

5 de junho de 2010

Apetites

Sexta-feira à noite... não me apetece ir dormir. Apetece-me sair... ir dançar.. ou então ficar a ver filmes até adormecer no sofá...

Mas tenho de ir... amanhã às 9h tenho de estar em Alcobaça a dar explicações... 3h ao mesmo explicando... depois voltar, almoçar e 1,5h à miúda do 5º ano. Depois tempinho para lanchar e depilação.

Só amanhã, ao fim do dia, vou poder descansar... Domingo... passar alguma roupa a ferro para a semana... e 2ªfeira está logo ali ao virar da esquina... uma nova semana com trabalho e explicações no fim do trabalho quase todos os dias...

Diz que quem corre por gosto não cansa... mas começo a estar cansada. Por um lado, anima-me saber que o exame é já dia 16 e que isto está a acabar. Por outro lado, o exame é dia 16 e isto já está a acabar... e sei que vou ter saudades de ensinar Fernando Pessoa 3, 4 ou 5 vezes por semana... Pois vou.