Era o que me faltava. Uma pessoa acomoda-se às situações e justifica essa acomodação com um sem-número de coisas. Uma pessoa pensa que no fundo até está tudo bem. Que comparando com os outros até se está bem. Que se vive num bom ambiente. De galhofa e entre-ajuda.
Puro engano. A verdade é que dizemo-nos o que for preciso para nos sentirmos satisfeitos com a situação que temos. Talvez porque não nos sentimos com forças para a alterar e assumir as consequências dessa alteração.
Já mudei de vida algumas vezes. Nunca foram decisões fáceis, mas agora parece que me amedrontei mais. Ou não fosse eu a menina dos medos...
Hoje recebi mais um empurrãozinho... sempre disse que tinha um excelente ambiente de trabalho e hoje percebi que era tudo mentira. Vi e-mails trocados entre colegas a fazer pouco de mim. A gozar. A deitar abaixo o meu trabalho. A chamarem-me chata. A dizerem que não me suportam e que o melhor era eu ir embora.
Uma outra colega, não envolvida neste caso, leu os e-mails e disse que não ficou surpreendida... eu fiquei, confesso. Sou mesmo loura burra. Achava que estas pessoas gostavam de mim. Que quando me perguntavam da minha vida era por me quererem bem, por me verem triste e me quererem ajudar... afinal perguntavam para depois gozarem entre elas com o que eu contava.
Tenho 30 anos e ainda pareço uma miúda. Espero sempre o melhor das pessoas. Espero verdade. Honestidade. As pessoas não têm todas de se dar bem, mas pelo menos não fingem interesse quando não o têm. Eu não faço isso. Posso não gostar de uma pessoa, mas não tenho conversas privadas com essa pessoa. Acho engraçado que digam que sou cusca e que ando sempre a ouvir conversas... em primeiro lugar, quando alguém me pergunta da minha vida, eu sinto-me no direito de perguntar de volta... depois, não tenho culpa de estarem sempre a falar de assuntos pessoais em horário laboral. Ainda há quem trabalhe.
Fiquei indecisa sobre o que fazer... se respondia a um dos e-mails para as deixar "encaralhadas" ou se ignorava. Por enquanto é o que vou fazer... ignorar. Deixar de responder a perguntas que não tenham que ver com trabalho e rezar para não se virem meter comigo num dia em que eu esteja de mau humor... porque aí ouvem o que não querem ouvir.
É engraçado como as pessoas mudam... ou, se não mudam, como eu consigo ser ingénua. É engraçado como as pessoas conseguem ser perversas e mesquinhas. Se vos incomodo tanto, não me falem!! Falsas de um raio! Ainda hoje uma delas me veio encher de perguntas sobre as férias e a minha sobrinha e afins e sobre os meus pais e sobre uma data de coisas... A mesma pessoa que me chamou cusca num dos e-mails que nem sonha que eu li! É preciso ter lata!
E eu tenho de ver se acordo para a vida e se arranjo forma de mudar muito do que está a correr mal comigo... Chega de ser burra...
Puro engano. A verdade é que dizemo-nos o que for preciso para nos sentirmos satisfeitos com a situação que temos. Talvez porque não nos sentimos com forças para a alterar e assumir as consequências dessa alteração.
Já mudei de vida algumas vezes. Nunca foram decisões fáceis, mas agora parece que me amedrontei mais. Ou não fosse eu a menina dos medos...
Hoje recebi mais um empurrãozinho... sempre disse que tinha um excelente ambiente de trabalho e hoje percebi que era tudo mentira. Vi e-mails trocados entre colegas a fazer pouco de mim. A gozar. A deitar abaixo o meu trabalho. A chamarem-me chata. A dizerem que não me suportam e que o melhor era eu ir embora.
Uma outra colega, não envolvida neste caso, leu os e-mails e disse que não ficou surpreendida... eu fiquei, confesso. Sou mesmo loura burra. Achava que estas pessoas gostavam de mim. Que quando me perguntavam da minha vida era por me quererem bem, por me verem triste e me quererem ajudar... afinal perguntavam para depois gozarem entre elas com o que eu contava.
Tenho 30 anos e ainda pareço uma miúda. Espero sempre o melhor das pessoas. Espero verdade. Honestidade. As pessoas não têm todas de se dar bem, mas pelo menos não fingem interesse quando não o têm. Eu não faço isso. Posso não gostar de uma pessoa, mas não tenho conversas privadas com essa pessoa. Acho engraçado que digam que sou cusca e que ando sempre a ouvir conversas... em primeiro lugar, quando alguém me pergunta da minha vida, eu sinto-me no direito de perguntar de volta... depois, não tenho culpa de estarem sempre a falar de assuntos pessoais em horário laboral. Ainda há quem trabalhe.
Fiquei indecisa sobre o que fazer... se respondia a um dos e-mails para as deixar "encaralhadas" ou se ignorava. Por enquanto é o que vou fazer... ignorar. Deixar de responder a perguntas que não tenham que ver com trabalho e rezar para não se virem meter comigo num dia em que eu esteja de mau humor... porque aí ouvem o que não querem ouvir.
É engraçado como as pessoas mudam... ou, se não mudam, como eu consigo ser ingénua. É engraçado como as pessoas conseguem ser perversas e mesquinhas. Se vos incomodo tanto, não me falem!! Falsas de um raio! Ainda hoje uma delas me veio encher de perguntas sobre as férias e a minha sobrinha e afins e sobre os meus pais e sobre uma data de coisas... A mesma pessoa que me chamou cusca num dos e-mails que nem sonha que eu li! É preciso ter lata!
E eu tenho de ver se acordo para a vida e se arranjo forma de mudar muito do que está a correr mal comigo... Chega de ser burra...
17 comentários:
Eu no trabalho sempre fui conhecida por 'aquela que nunca fala da sua vida', porque logo no inicio estive numa empresa de pequenas viboras e como nas costas dos outros vês as tuas...
eu por acaso teria uma atitude diferente: respondia a esse email, e 'enganava-me' e metiatambém o chefe de cada uma e o teu em cc. no final perguntava se não tinham trabalho suficiente que as ocupasse durante o dia de trabalho.
mas isto sou eu :)
Sabes o que te digo? Aquilo que já disse lá no trabalho:
" As nossas acções são uma pedra com elástico: tão depressa as atiras como levas com elas no meio da cara! " (Alexandra Solnado)
Acho que às vezes há coisas que nos acontecem para nos abanar... talvez seja um empurrãozinho que precises para mudares outra vez de vida. Quem sabe, para melhor?
Quanto às atitudes dos outros, tudo o que fazemos tem uma acção e reacção (já dizia o outro). Se tu dormes bem, se te deitas descansada e a tua almofada te deixa dormir, é porque és uma boa pessoa.
Quem não o é, que fique com o que faz aos outros. Com as tais pedras com elástico.
Beijinho e força, porque para trabalhar num ambiente desses é preciso força! Muaaa***
Ora bem... nem sem por onde começar, porque aquilo que li deixou-me um bocado em choque. A minha atitude era exactamente igual à da Sayuri... eu escarrapachava a descoberta num mail simpático, que me encarregaria de enviar para os chefes, pois está claro.
Sabes que tive uma situação semelhante. Sei o que senti. Consigo imaginar o que te passa pela cabela e pelo coração. Hoje em dia consigo rir-me com o que me aconteceu (até porque o engraçadinho foi castigado exemplarmente), mas também sei o que isso custou na minha situação profissional posterior (porque foi a partir daí que as coisas descambaram em grande...)!
De resto... tem em mente uma coisa que sabes tão bem... quem está errada não és tu, mas sim essas criaturas, que não basta a falta de respeito que têm pelos outros, e ainda têm a brilhante ideia de as registar por escrito, esquecendo-se das consequêcias que isso pode ter! Quem está errada não és tu, com a tua forma de te dares aos outros, mas sim as gajas que além de tudo ainda são hipócritas. Sabes que há tanta gente que tem vidas vazias. Tanta gente que inveja outras formas de vida, e encontra assim uma forma de se defender (atacando os outros...)!
Eu, que te conheço tão bem... que sei tão bem quanto vales como mulher e como ser humano... coitadas delas!!!!!!
Realmente é uma tristeza como as pessoas consegue sempre nos desiludir... mas a parte boa é que isso nos permite aprender... e se for essa a motivação que precisavamos para mudar, que seja...
Olha, já eu, não dizia nada. Numa circunstância adequada deixava-as na dúvida, com meias palavras. Se elas souberem que tu sabes, "amanhã" já lhes passou. Se semeares a dúvida,jnm pode ser que elas se acagassem. Mas mais importante que isso é que te respeitem. Tu podes bem passar sem elas. Ignora-as. Não és igual a elas, logo não te comportarás como elas. Tens tanta gente que te ama de verdade (nós incluídas), que essa gente que não tem, inveja. Gente dessa há em todo lado. Mas é uma pena. Um beijinho de saudade.
Eu sou com a Sayuri... conhecida por aquela que não fala da sua vida, mas não me importo com isso, pois já topei várias vezes conversas paralelas a comentar e criticar o que outras pessoas tinham dito da sua própria vida.
No trabalho, sou apenas uma colega... os meus verdadeiros amigos eu sei quem são e não estão lá.
Força e beijitos!
Sayuri: mas eu até sou caladita... falo muito pouco de mim... mas estas pessoas em particular, 4 pessoas, perguntam... questionam... mostram interesse... e tu vais perdendo as defesas... porque se riem contigo e ficam tristes contigo... porque te ligam se estás doente e te ligam quando fazes anos... é difícil manteres-te calada quando te fazem perguntas e as pessoas se mostram interessadas e simpáticas e tudo e tudo e tudo...
Por isso fiquei tão chocada... não por não gostarem de mim, mas pelo teatro que fazem pela frente... Ridículo!
Estas meninas são muito amigas do patrão e da nova esposa do patrão. Têm as costas bem quentes...
Cleo: tens toda a razão... what goes around, comes around... só acho que merecia um retorno maior... as pessoas são mesmo ingratas... mesmo mesmo...
Vera: mesmo sabendo algumas dessas coisas, não deixa de custar... pela crueldade... pelas duas caras... pela extrema frieza e hipocrisia...
TM: tenho mesmo de pensar em mudar... mesmo mesmo mesmo...
Patrícia: somos parecidas :D
Sem ter visto o teu comentário, fiz isso mesmo. Hoje, num e-mail a uma das pessoas, respondi com uma expressão usada por ela num dos e-mails. Uma expressão inócua o suficiente para não me denunciar, mas esclarecedora o suficiente para lhe deixar a pulga atrás da orelha :)
A verdade é que quando a vi ela já nem me olhou nos olhos :)
Mas devias ver a forma como fui bombardeada de perguntas... e eu a chutar para canto... e depois eu é que sou cusca!!
Eu não sou nenhuma santa. Também corto na casaca de pessoas, mas pelo menos não me passo por amiga. Sou hipócrita no sentido em que não digo na cara algumas coisas, mas não sou falsa. Não finjo sorrisos nem interesses que não tenho. Isso não se faz. Isto não se faz...
Obrigada e beijinhos
[ouvi dizer que há jantarada entretento.... ;) ]
Sophia: ainda assim, custa sempre, não é?
Há pessoas que não se tocam mesmo!
Sempre fui frontal e directo, doa a quem doer. Tem de ser assim...
eu na deixava passar em branco: respondi mesmo a um email, inadvertidamente, como kem naõ quer a coisa.
Quanto ao ambiente, arriscas-te a encontrá-lo em qq lado. Onde quer que haja pessoas, há conflitos, não te iludas. Apenas eles são camuflados pelo maior ou menor grau de contacto e intimidade... vá, aproveita k calibraste as forças nas férias e siga pá frente k atrás em gente! xuac!
Bem voltada de férias!
Isso é que foi uma entrada de regresso ao trabalho. Estou de acordo com a patricia.
como diria o herman josé quando encarna o nelo: "víveras, são umas víveras"...
Dylan: neste caso é complicado... ia doer mais a mim, uma vez que as senhoras em questão são quase do patronato... :(
Isandes: tens razão... tenho de respirar fundo e arrepiar caminho... Beijos!
Textículos: Obrigada! :D Beijos!
Arya: Põe vívaras nisso!
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