Numa época em que as universidades eram só para os homens, ela destacou-se como investigadora e foi a primeira mulher a receber um Prémio Nobel. É Marie Curie, nascida em Varsóvia, na Polónia, em 1867.
Em 1891 mudou-se para França, onde viviam dois irmãos e onde viria a conhecer Pierre Curie. Partilhavam tudo, inclusivamente o espírito livre e o gosto pela vida. Casaram, mas não pela Igreja. Guardaram o dinheiro de uma festa de casamento e compraram duas bicicletas para poderem passear juntos.
A vida universitária não foi fácil. Conta-se que chegou a demaiar de fome durante uma aula...
O físico Wilhelm Roentgen tinha acabado de descobrir os raios X e Antoine Henri Becquerel as radiações de urânio. Incentivada por estas descobertas, Marie Curie deu início a pesquisas que levaram à identificação de três tipos diferentes de emissões radioactivas, mais tarde denominadas de alfa, beta e gama. O termo radioactividade é, de facto, uma criação da investigadora.
Por outro lado, e apoiando-se em descobertas do marido, criou um método para medir a intensidade das emissões radioactivas de diversos materiais. Trabalhando com diferentes compostos de urânio, conseguiu também demonstrar que as emissões eram directamente proporcionais à quantidade de urânio nelas presente, o que provava que os átomos desse elemento eram os únicos responsáveis pela radioactividade daquelas substâncias. Em 1898, Marie Curie conseguiu ainda demonstrar a radioactividade do tório.
No mesmo ano, auxiliada pelo marido, isolou, no seio de amostras de minério de urânio, diminutas quantidades de um novo elemento a que chamou polónio. Em Dezembro, identificaria outro elemento e quantidades menores ainda: era o rádio. Para obterem maiores quantidades desses novos elementos, os Curie foram buscar sobras de minérios na Boémia, um investimento que lhes levou todas as suas economias. Daí que, nos quatro anos seguintes, tivessem de trabalhar num laboratório construído num barracão de madeira, em Paris, o local onde purificaram toneladas daqueles minérios. Investigações e sucessos que, todavia, nunca se lembraram de patentear. Em 1903, dividiram com Antoine Henri Becquerel o prémio Nobel de Física.
Em 1906, Marie ficou viúva, vindo a assumir o cargo de Pierre como professor na Universidade de Sorbonne. Tornou-se a primeira mulher a leccionar naquele estabelecimento de ensino. Em 1911, foi a sua vez de receber o Nobel de Química. No fim da sua vida, Marie Curie dedicou-se a supervisionar o Instituto do Rádio, organização para estudos e trabalhos com radioactividade, com sede em Paris.
A excessiva exposição à radioactividade não lhe perdoou. Contraiu uma leucemia que a vitimou em 1934, depois de uma vida dedicada à investigação.
Uma vida de amor... a um homem e ao saber. A curiosidade, o querer ser mais e saber mais, levaram-na a ser a primeira mulher a receber um Prémio Nobel.
Em 1891 mudou-se para França, onde viviam dois irmãos e onde viria a conhecer Pierre Curie. Partilhavam tudo, inclusivamente o espírito livre e o gosto pela vida. Casaram, mas não pela Igreja. Guardaram o dinheiro de uma festa de casamento e compraram duas bicicletas para poderem passear juntos.
A vida universitária não foi fácil. Conta-se que chegou a demaiar de fome durante uma aula...
O físico Wilhelm Roentgen tinha acabado de descobrir os raios X e Antoine Henri Becquerel as radiações de urânio. Incentivada por estas descobertas, Marie Curie deu início a pesquisas que levaram à identificação de três tipos diferentes de emissões radioactivas, mais tarde denominadas de alfa, beta e gama. O termo radioactividade é, de facto, uma criação da investigadora.
Por outro lado, e apoiando-se em descobertas do marido, criou um método para medir a intensidade das emissões radioactivas de diversos materiais. Trabalhando com diferentes compostos de urânio, conseguiu também demonstrar que as emissões eram directamente proporcionais à quantidade de urânio nelas presente, o que provava que os átomos desse elemento eram os únicos responsáveis pela radioactividade daquelas substâncias. Em 1898, Marie Curie conseguiu ainda demonstrar a radioactividade do tório.
No mesmo ano, auxiliada pelo marido, isolou, no seio de amostras de minério de urânio, diminutas quantidades de um novo elemento a que chamou polónio. Em Dezembro, identificaria outro elemento e quantidades menores ainda: era o rádio. Para obterem maiores quantidades desses novos elementos, os Curie foram buscar sobras de minérios na Boémia, um investimento que lhes levou todas as suas economias. Daí que, nos quatro anos seguintes, tivessem de trabalhar num laboratório construído num barracão de madeira, em Paris, o local onde purificaram toneladas daqueles minérios. Investigações e sucessos que, todavia, nunca se lembraram de patentear. Em 1903, dividiram com Antoine Henri Becquerel o prémio Nobel de Física.
Em 1906, Marie ficou viúva, vindo a assumir o cargo de Pierre como professor na Universidade de Sorbonne. Tornou-se a primeira mulher a leccionar naquele estabelecimento de ensino. Em 1911, foi a sua vez de receber o Nobel de Química. No fim da sua vida, Marie Curie dedicou-se a supervisionar o Instituto do Rádio, organização para estudos e trabalhos com radioactividade, com sede em Paris.
A excessiva exposição à radioactividade não lhe perdoou. Contraiu uma leucemia que a vitimou em 1934, depois de uma vida dedicada à investigação.
Uma vida de amor... a um homem e ao saber. A curiosidade, o querer ser mais e saber mais, levaram-na a ser a primeira mulher a receber um Prémio Nobel.
9 comentários:
Gosto destes posts... :)
Não é justo ter morrido à custa da radiação, quando o contacto com a mesma facilitou a evolução na medicina...mas pronto, lá em cima sabem o que fazem , com certeza...
Muito bom, estas mulheres são de facto uma inspiração.
Lita: :)
Sayuri: sim... também foi injusto... mas... pelo menos viveu enquanto por cá andou... e mudou o Mundo :)
Verónica: e nós somos como elas... se quisermos :)
Gosto muito destes posts, pois fico sempre a saber algo mais.....
Beijinhos*
Luísa: também eu :) vou sempre pesquisar as senhoras que quero pôr aqui... e aprendo sempre mais :)
brilhante ianita,ela foi um exemplo a muitas sociedades fechadas,gostei do post e muito!!!
Grande senhora, mesmo...:)
bjs
bono: brilhante foi ela :)
(como estás?)
Lilipat: :)
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