As primeiras eleições da República realizaram-se em 1911. Há quase 100 anos...
Segundo a legislação em vigor, poderiam votar pessoas maiores de 21 anos, que soubessem ler e escrever ou que fossem chefes de família há mais de um ano.
Carolina Beatriz Ângelo fez um requerimento para ser incluída nos cadernos de voto. Era maior. Viúva e por isso chefe de família. Sabia ler e escrever.
Os senhores legisladores fizeram a lei a pensar só em homens, mas não o especificaram e a D. Carolina aproveitou.
Foi a primeira mulher a votar em Portugal.
Uma mulher forte... uma mulher inteligentíssima... uma mulher de muita coragem.
Amanhã, honremo-la. Vamos votar!
Segundo a legislação em vigor, poderiam votar pessoas maiores de 21 anos, que soubessem ler e escrever ou que fossem chefes de família há mais de um ano.
Carolina Beatriz Ângelo fez um requerimento para ser incluída nos cadernos de voto. Era maior. Viúva e por isso chefe de família. Sabia ler e escrever.
Os senhores legisladores fizeram a lei a pensar só em homens, mas não o especificaram e a D. Carolina aproveitou.
Foi a primeira mulher a votar em Portugal.
Uma mulher forte... uma mulher inteligentíssima... uma mulher de muita coragem.
Amanhã, honremo-la. Vamos votar!
14 comentários:
Grande mulher! Sim senhora :)
Vamos pois!
Gostei da história! :)
É curioso como aquilo por que outros tanto lutaram para conseguirem, passa a dado adquirido e vai perdendo a importância, como o direito ao voto das mulheres.
Olha, acabei por me lembrar de uma motivação para sair de casa amanhã. Obrigada :)
:)
Caluda: mulher de M maiúsculo :)
Pax: por isso é que é perigoso entrar em comparações descabidas... estamos mal? Estamos. Mas nunca estivemos tão bem. Queremos mudança? Estamos no nosso direito. Mas não devemos ser injustos e ignorar o passado. Eu posso falar, posso votar, posso ter opinião... posso conversar, discutir e a minha opinião é ouvida e apreciada... tudo porque houve quem antes não teve este direito e o conquistou para mim. Mulheres como a D. Carolina :)
Spritof: a mim só me metem impressão os senhores que dizem que expulsam os emigrantes a pontapé... de resto, aceito e respeito, embora não concorde... não interessa em quem se vota, interessa que se vote. :)
Eu vou. ;)
Vera: eu também vou! :)
(preparada psicologicamente para ver um monte de gente que não quero ver, mas vou...)
É mesmo!
E é tão fácil esquecer o sacrificio, por vezes à custa da própria vida de alguns, para que tenhamos o que já temos! Tão fácil esquecer, tão fácil ter como certo e tão dificil saber reconhece-lo e honra-lo!
Pax: Precisamente! Há que relativizar. Olhar para o futuro, para o que queremos, para quem está mais à frente que nós, mas há que nunca esquecer de onde viémos ou corremos o risco de sermos muito injustos.
Eu adoro História. Ela não é passado, é presente e é futuro. Porque se não fosse o que passou eu não era quem sou agora. Não fosse pessoas como a D. Carolina e eu não teria blog, nem iria amanhã votar... estaria casada com uma pessoa qualquer que os meus pais escolhessem, com meia dúzia de filhos e sem o direito de dizer o que penso.
Gosto muito disto. Sempre fui muito opinativa, muito argumentativa... o poder dizer o que penso, o poder defender os meus pontos de vista e agir em conformidade... isso vale uma vida!
E o esforço dos outros... dos que deram a vida, dos que sofreram, dos que foram desterrados, exilados... eu não esqueço. Nunca!
Lembrete com texto bonito!
Votei sempre e amanhã não vai ser excepção.
Beijinhos
Luisa
O meu pai morreu para amanhã podermos exercer um direito.
Talvez, por isso, sou um pouco radical nesta matéria. Para mim, votar trata-se de um direito/dever cívico e quem não vota deveria perder alguns direitos cívicos (por exemplo não poder fazer greve). A abstenção não é uma forma de protesto como muitos defendem. É deixar que outros escolham por nós e, acima de tudo, desonrar todos aqueles que perderam a vida para podermos hoje exercer um direito inalienável. Se querem protestar votem nulo mas exerçam o vosso direito. Cumpram o vosso dever.
Eu vou...ainda não decidi em quem, mas vou...:)
bjs
Luísa: eu também :)
Ni: eu vejo as coisas da mesma forma, embora não tenha ninguém envolvido de forma tão directa... eu acredito na abstenção. Mas naquela que é para mim a verdadeira abstenção: ir lá e votar em branco. Não ir é não querer saber... nem do passado nem do futuro... e isso entristece-me e revolta-me! Para mais que essas pessoas que nem se dão ao luxo de ir votar são as que depois mais criticam o estado das coisas... isso dá-me uma comichão que nem imaginas!!!
Lilipat: o que importa é ires :)
Não conhecia, mas gostei da história! Em que ano foi mais ou menos?
Eu não fui, mas um dia irei, sempre!
Acredito que só temos o direito a reclamar se exercermos o voto! Se temos a possibilidade de mudar e não a aproveitamos, então não temos credibilidade na crítica!
Beijinhos
LP: foi em 1911 :)
E nem mais... devemo-lo aos nossos antepassados e devemo-lo a nós-mesmos! :)
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