4 de julho de 2010

Dos últimos dias

Tenho dois novos amores.

São as duas a dar para o morena.

Uma é sensível e muito menina e muito cor-de-rosa e sorridente.

A outra é um furacão que sabe bem o que quer e para onde vai e que raramente dá o ar de sua graça a quem não lhe apetece.

Uma tímida, outra obstinada.

Normalmente, tendo mais para as pessoas de personalidade forte. Os ditos "maus feitios" e "teimosos". Gosto de pessoas com personalidade forte e essa faceta da pequena Matilde conquistou-me imediatamente. Mesmo ela não me lançando sequer um olhar. Eu basicamente não era digna :)

Ainda assim, fascina-me a personalidade sensível da Mariana. Porque ainda assim é forte. Toma conta da irmã. Porta-se como uma verdadeira irmã mais velha. E aquela curiosidade e vontade de aprender são magnetizantes.

São diferentes em muita coisa, mas ambas me ignoravam. Uma por timidez, a outra porque sim. Sabiam que eu de vez em quando aparecia ali, mas não me davam importância absolutamente nenhuma.

Até que... deram.

Na 5ªfeira a Mariana sentou-se comigo a ler. E esteve concentrada e a fazer perguntas (algumas bem difíceis) o tempo todo. E depois brincou. Brincou muito. E eu vim para casa de sorriso nos lábios. Feliz por finalmente ter conseguido a quebrar a barreira da timidez.

No Sábado foi a Matildinha. A Matita. A Patrícia pediu-me para vestir a Mariana, algo que fiz com muita facilidade. O desafio era vestir a Matita. Perguntei-lhe "Matilde, vamos mudar de roupa?" e ela responde um sorridente e convencido "xim". E foi maravilhoso. Vê-la a rir e a saltitar e a dizer "é nobo" quando lhe vesti o macacão.

E depois tirámos fotografias, muitas fotografias. E brindaram-me ambas com os seus sorrisos abertos, felizes, maravilhosos.

E mais tarde estivémos, eu e a Matita, na brincadeira na piscina. (se bem que a Patrícia diz que a Matilde me viu a dar prendas à Mariana, e como faz anos na próxima semana, estava em campanha eleitoral... lol...)

É indescritível. Este sentimento que se tem quando se consegue quebrar as defesas de alguém. E no prazo de dois dias senti isto duas vezes. Fiquei de coração cheio. Muito cheio.

Era o que eu sentia quando conseguia "quebrar" os meus alunos mais difíceis. Foi o que sempre senti com a minha Sara. É um sentimento fantástico, este de merecer a confiança e o sorriso de crianças inteligentes. Porque os adultos fingem afectos e as crianças não.

Agora o desafio é conseguir continuar a ser merecedora da confiança e dos sorrisos sempre. Como tenho sido da Sara, a minha menina já mulher.

Adoro estes sorrisos. Obrigada!


1 comentário:

Patríciangélico disse...

A beleza está sempre nos olhos de quem a vê. Obrigada por tudo. Do fundo do coração.