25 de julho de 2011

Quando o "porque sim" chateia

É assustador. Pensar que podemos viver ao lado de um maluco qualquer que se levanta da cama um dia e resolve ir matar umas centenas de pessoas. Porque sim. Não que eu ache que haja algum motivo que justifique o que se passou em Oslo, mas o "porque sim" faz-me temer mais quem me rodeia. Porque não há estereótipos... ou encaixam vezes de menos. 

Um país civilizado. Com índice de violência muito baixo. Com nível de vida muito alto. Um ataque que não teve que ver com religião, nem com minorias étnicas, nem com xenofobia, nem com uma forma torcida de defender uma causa qualquer...

Um ataque que pode acontecer num dia qualquer... num país qualquer... mesmo neste rectangulozinho.... No outro dia a mãe de um amigo acordou com o carro incendiado... um doido qualquer que se passou da cabeça e se lembrou de incendiar casas e carros. Porque sim. A sorte do português... porque podia ser pior... mas porra que também podia ser melhor!
Não gosto deste lado fortuito da vida... e cada vez mais acho que temos de apelar à Fortuna... torcer os dedinhos e ir a jogo...


1 comentário:

filha do administrador disse...

por acaso nunca tinha pensado nisso!!! mas agora que falas nisso, tens toda a razão, mas se pensamos nisso como saimos de casa? como vamos nos transportes públicos descansados? como vamos à padaria e damos os bons-dias aos vizinhos? como andamos a passear pelos parques enquanto apanhamos sol e vemos as pessoas a passar? não dá para pensar no "porque sim"