Este foi o momento que destruiu as minhas lentes cor-de-rosa e fez eplodir a minha comfort zone.
A História está recheada de barbáries. Há relatos, fotos, videos. Mas isto eu vi em directo.
Estava em Coimbra. No Zau. Ia ter exame de Latim III uns dias depois. Estava a acordar (já depois da hora de almoço) e vou à cozinha. Ligo a Tv. Acho que estava alguém lá... Não me lembro se o Pato ou o Tico... Sei que fiquei vidrada. De pé, em frente à Tv... Ainda quando não se sabia o que tinha acontecido... Se tinha sido um avião ou não... Se tinha sido acidente ou não. Até que...
... até que vem o 2º avião... E todas as dúvidas acabam. Ainda esperei que alguém viesse dizer que era brincadeira e que aquilo era um trailer de um filme... Mas não. Era a realidade a entrar-me olhos adentro...
22 comentários:
Também estava em Coimbra, vi as primeiras noticias em casa e depois fui para o Pinto onde vi o segundo avião embater. Tudo parecia surreal.
Parecia filme...
Ainda hoje me dá arrepios...
Bem... deves ter anestesiado o choque no Pinto, né? :D
Sinceramente não me lembro, mas o Pinto era (quase) sempre... certinho direitinho. Lol
Por saber isso... ;)
Sabes se já fechou? Ainda me lembro quando fecharam o Pratas... Era um Monumento. Entrei lá de gatas no meu 1º dia em Coimbra. Tantas memórias e fecharam aquilo.
Não sei. A D. Adelina ainda tava para as curvas, agora o Sr. Pinto já tava a precisar descansar. O Pinto são eles, se estiver aberto e eles não estiverem lá, não é o mesmo...
Pois...
O Pratas foi fechado contra a vontade deles, por falta de condições. A verdade é que o edifício estava a cair... E agora com as ASAEs...
Mas que é pena que se deixem morrer assim tradições bonitas, daquelas com alto teor alcoólico, lá isso... :)
Achei que ficava aqui bonito esta música:
Desta vez estou mesmo à rasca,
Vou-me pirar de mansinho
Não volto àquela tasca
Não bebo mais traçadinho!
(No meu primeiro dia em Coimbra... entrei naquela tasca, bebi meio copo de traçadinho e decidi que não era bebida para mim! A minha homenagem ao Pratas e às tascas que vieram depois na minha vida)
"Mad World"
Yep...
(isso é uma música, certo? acho que tenho isso no meu mp3...)
Arrepio-me só de pensar no medo terrivel que tive nesse dia....
até amanhã
:)
Vu copiar o que deixei como comentário de um outro post/blog sobre o mesmo tema:
Lembro-me deste dia com algum pesar. Na altura estava em Varsóvia, vi a ocorrência em directo na CNN, e aguardava a chegada de alguns colegas nesse dia, que se encontravam a caminho de Varsóvia de avião.
Senti-me impotente ao ver aquelas imagens, e só pensava (tentava-me convencer) que talvez fosse uma partida de mau gosto, e que tudo não passasse de uma ficção.
Fiquei sentado ao canto da cama do hotel, sem reacção, a ver as imagens passar e sem saber se voltaria ao local de trabalho, se contactava alguém, se...se nada... ...fiquei só, ali, um longo periodo a recuperar do choque.
Os meus colegas chegaram bem, mas alguns passaram por situações desconexas durante o transbordo num dos aeroportos europeus. Um deles saiu do avião e viu movimentações aflitivas no aeroporto sem perceber porquê, e só depois ouviu o que tinha acontecido. Ainda conseguiu embarcar sem grandes problemas, mas mais tarde houve vôos cancelados. Por coincidencia, esse mesmo colega esteve nas no WTC 1 ou 2 semanas antes desse incidente.
O dia passou para nós, para a maioria de nós, mas para os que viveram esse momento em NY, acho que esse dia permanece presente nas suas vidas.
Acabei de ler mesmo agora! :)
Acho que todos temos histórias deste dia. Acho também que os nova iorquinos vão ficar marcados para sempre, mas nós, que assistimos a tudo em directo na tv, também.
There's no turning back...
Tantas tradições coimbrenses, xiça! :p
Abstenho-me de comentar o 11/9, posso? Ainda era pequena, não me lembro bem!! (Só para não ter o trabalho de escrever.. LOL)
Beijo
*
Entrar de gatas no Pratas já não vais... o que é uma pena te garanto.
Mas sobram muitas ainda :)
Quanto ao 11 de Setembro... estás perdoada. :)
é um dia que me faz arrepios!!!nunca me hei-de esquecer da sensação de pânico que tive a assisitr a tudo!!!
Uma réstia de luz no crepúsculo
Uma súplica presa na brisa
Um caminho sem fim
Pela terra da tua lembrança
Convido-te a ver as cores do diadema da Noiva do Mar
Mágico beijo
O 11 de Setembro foi sem dúvida o dia que mudou o mundo.
No seu seguimento vireram as gerras, Afeganistão e Iraque, os atentados de Londres, Madrid e o ganhar de consciência para o problema do Terrorismo, no caso, islâmico, esse sim, um problema já muito antigo.
Baseado em factos históricos ocorridos no actual Irão no ano de 1092 da era cristã, Alamut, conta a história de uma seita e do seu lider Hassan Ibn Saba.
No castelo fortificado de Alamut, Hassan desenvolve um grupo de fanáticos que estão dispostos ao martírio na guerra santa contra os turcos que governam o Irão.
Oferecendo-lhes Haxixe e mulheres, Hassan cria nos seus seguidores a ilusão do paraíso que espera os mártires.
Alamut, de Vladimir Bartol, publicado pela primeira vez em 1937, fala-nos de um líder do século XI, que dificilmente não associaremos a Bin Laden, especialmente hoje.
:D yes it is... Gary Jules!
*
Eu estava na Praia quando vi isto! Que horror (eu ainda era pequenina) só tenho 18 anos :$
A inocência não me mostrou a realidade dos acontecimentos! Hoje apercebo-me do tamanho da tragédia :|
Gostava de pensar que o Homem vai deixar de nos surpreender... mas a sua capacidade de magoar e se auto-mutilar é estupidamente infinita...
E em momentos como o 9/11 a desilusão instala-se e o Homem não é mais que um ser mesquinho e cruel...
Foi um dia para não esquecer mesmo. Tb me lembro bem do que estava a fazer nesse momento e de como tudo se desenrolou à minha frente.
Beijinho
Patinho: surpreendes-me com o enredo de um livro que não conhecia, mas que vou ter de conhecer. Sabes quando é que eu faço anos, certo? :)
Paula: tenho pena disso mesmo. Da capacidade que este dia teve de nos roubar as ilusões de uma convivência pacífica entre povos e crenças. Eu tinha 21 anos e era ainda uma criança...
tm: gostava tanto de te dizer que não tens razão... resta-nos o nosso butterfly effect individual, a nossa consciência tranquila.
dawa: quem vê uma barbárie destas não pode esquecer nunca...
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