JFK foi Presidentes dos EUA pouco mais de 1000 dias e, ainda assim, foi eleito o 2º Presidente mais importante de sempre da História dos EUA, só vencido por Abraham Lincoln (também ele assassinado). Se formos analisar esses 1000 dias de governação, não achamos nenhuma medida significativa que justifique isto. Mas morreu ao vivo na TV, à frente de milhões de pessoas, na flor da idade, a meio do mandato, quando ainda havia o deslumbramento e o acreditar que ele iria mudar a América. Ainda sem o desgaste de anos e anos no poder sem fazer nada e sem nada mudar.
Não foi à toa que o disse. Mudar a América. O slogan do Obama, tão parecido ao do JFK. E por mais que as pessoas saibam que ele não era perfeito, continuam a idolatrá-lo e ele vai viver e continuar a ser o mito, mais que o homem. Prometeu mudanças drásticas na política do país, com tolerância e integração social, sem segregação. Apontou misséis a Cuba e saiu-se menos mal, ainda ninguém sabe como. Mas isso pouco importa.
Tinha carisma. Era bonito, simpático, era jovem. Tinha uma família lindíssima que não se importava nada de partilhar com o público. A reportagem que vi ontem à noite na dois era precisamente acerca deste acesso que a imprensa tinha aos Kennedy. Acesso que dava aos americanos uma sensação de proximidade. A sua imagem está rodeada de uma aura que ele soube contruir nos media e que ainda perdura. Aliás, atrever-me-ia a dizer, que essa aura nunca o abandonará.
Anos depois do seu assinato em directo, é assassinado o irmão mais novo, o RFK, Bobby. Mais um elemento a juntar à formação do mito. Mais um a morrer na flor da idade, quando ainda tudo eram promessas... quando ainda tudo era esperança... quando era ele a certeza na continuação e na concretização do sonho Kennedy.
Depois... depois a morte trágica do John John com a esposa num acidente aéreo. Aquele homem que, fizesse o que fizesse, estaria para sempre no imaginário americano como o menino que fez continência ao caixão do pai. Ainda hoje, na América a família Kennedy tem imenso prestígio. As más línguas dizem que o Arnold se casou com a família Kennedy e não com a Maria Shriver...
E nós? Nós que não somos americanos. O que nos faz a nós sentir este fascínio por esta personagem, mesmo com o distanciamento, físico, emocional e temporal? Eu acho que por ter visto muito nova o filme JFK, do Oliver Stone. Esse filme marcou-me profundamente. E sim, sinto-me fascinada por este símbolo da mitologia americana. Por isso vi a reportagem até ao fim e por isso hoje, ao procurar fotos dele, não conseguia parar de ver fotos....
13 comentários:
Admirar alguém por ter efectivamente deixado obra feita é diferente de idealizar alguém porque tinha muitas potencialidades e poderia ter realizado grandes feitos.
O Kennedy é como o nosso D. Sebastião. Uma ilusão.
Eu não o admiro, sinto fascínio por esta personagem. E digo personagem e não pessoa, consciente que estou do facto de o que sobreviveu até nós foi a aura, o mito, e não o homem.
Há muitas pessoas assim, que não tendo feito nada são a imagem da mudança... Ele foi o 1º branco a defender politicamente o fim da segregação. Em termos ideológicos foi muito importante na História da América e foi se calhar por isso que foi assassinado.
E não tenhas dúvidas que muitos americanos olham para o Obama como um 2º Kennedy. Os elementos estão todos lá: a juventude, o idealismo, a família querida e bonita... Esperemos que não tenha o elemento trágico.
Kiss :)
É um grande Senhor e podia ter sido mto maior!
Beijinho
Ou vai daí, podia ter sido muito pior... mas como o que prometia era tanto e tão bom....
:)
Post de 5 ***** !
Tks
Não vi a reportagem... gostava de ter visto!
Paulo: Obrigada eu.... :)
Lita: Gostei muito porque era sobre os fotógrafos oficiais da Casa Branca no tempo dele. Pessoas que iam com ele de férias e que já faziam parte da família. As fotos são belíssimas...
Kiss :)
Sim, a mim fascina-me tudo o que esteja relacionado:)
E a teoria da conspiração... Eu acreditei em tudo o que o Oliver Stone dizia no filme! Sou muito influenciável! LOL :)
Kisses
Olá Ana! Também eu sinto fascínio por JFK personagem admirável num tempo de grandes mudanças, convulsões, que ainda se refletem nos dias de hoje.
JFK tem tudo o que de contraditório o ser humano pode conter. Desde a visão futurista da ida do homem à lua, ao humanismo, à questão de cuba com o deflagrar da guerra fria e a vida pessoal -tadinha da jacqueline- que era muito atiradiço este JFK loll.
Uma dinastia que começou com o pai metido em negócios muito pouco recomendáveis, se calhar - ninguém sabe - os filhos pagaram por isso.
beijo
cm o tempo passa :) agora é a vez do Obama! :)
cm o tempo passa :) agora é a vez do Obama! :)
João:Tens toda a razão. Mas a verdade é que o carisma dele era tanto que as pessoas passavam ao lado dos defeitos que ele tinha. Mesmo os jornalistas, que sabiam das infidelidades dele, sempre se mantiveram calados. Estranho, não é? Havia qualquer coisa nele...:)
Kiss
Marco:É mesmo...Já lá vão 45 anos. Vamos torcer pelo Obama! :)
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