16 de novembro de 2009

Deste caminho...



Life, it's ever so strange
It's so full of change
Think that you've worked it out
Then BANG
Right out of the blue
Something happens to you
To throw you off course
And then you

Breakdown
Yeah you breakdown
Well don't you breakdown
Listen to me
Because

It's just a ride, it's just a ride
No need to run, no need to hide
It'll take you round and round
Sometimes you're up
Sometimes you're down

It's just a ride, it's just a ride
Don't be scared
Don't hide your eyes
It may feel so real inside
But don't forget it's just a ride

Truth, we don't wanna hear
It's too much to take
Don't like to feel out of control
So we make our plans
Ten times a day
And when they don't go
Our way we

Breakdown
Yeah we breakdown
Well don't you breakdown
Listen to me
Because

It's just a ride, it's just a ride
No need to run, no need to hide
It'll take you round and round
Sometimes you're up
Sometimes you're down
It's just a ride, it's just a ride
Don't be scared
Don't hide your eyes
It may feel so real inside
But don't forget it's just a ride

Slowly, oh so very slowly
Accept that
There's no getting off
So live it, just gotta go with it
Coz this ride's, never gonna stop

O Tempo não pára. Não há paragens. Não podemos carregar no botão vermelho e não se acende o sinal de próxima paragem. Estamos num autocarro panorâmico sem paragens. Sem acelerador. Sem travões. Em velocidade cruzeiro. Às vezes parece que vamos tão depressa que quase derrapamos na curva. Mas a verdade é que a velocidade é constante. Depende de nós fazer com que a viagem valha a pena... podemos emburrar o caminho todo... fazer birra... passar os dias a dizer que a nossa vida é horrível, que não presta... que temos o pior trabalho do Mundo pelo pior ordenado do Mundo... com os piores colegas... e que não podemos comprar aquela coisa que queremos muito.... e que não podemos ir naquela viagem... e que não podemos ir àquele restaurante... e passar a viagem nisto... emburrados... casmurros... a prender o burro... a recusarmo-nos a sorrir... só porque o sorriso vai de encontro ao nosso estado de emburramento. É mais confortável assim, não é? Assumir que está tudo mal e que a nossa vida é horrível?

Será assim tão horrível? Diziam os Monty Pyton... Always look on the bright side of life. Não vou em Segredos da treta. Não vou em cantigas nem nas novas religiões do milénio. Não vou nisso. Mas isto é verdade. Temos o poder de mudar muito. Não podemos mudar o Tempo... não podemos acelerar nem travar... mas podemos mudar o percurso. Podemos mudar a companhia de viagem. Podemos mudar a panorâmica. E basicamente, podemos mudar-nos a nós.

É muito fácil culpar o trabalho da treta. Redutor. Muito fora do que sempre quis para mim. Muito fora mesmo. É muito fácil culpar o patrão pelas 12h de trabalho diário para pouco mais do ordenado mínimo. É muito fácil culpar o ainda viver com os meus pais. É muito fácil culpar o não ter namorado nem estar apaixonada. É muito fácil culpar os meus amigos que vivem demasiado longe. É muito fácil culpar a chuva e frio... mas, vai daí, também é fácil culpar o calor.

É sempre mais fácil pôr a culpa em factores exteriores a nós.

Podemos ver nas dificuldades oportunidades. Podemos sorrir em vez de chorar. Podemos não estar sempre emburrados. Não temos de provar a ninguém o difícil que a nossa vida é, quando, na verdade, não é mesmo nada difícil, tendo em conta a miséria que por aí vai.

Sem Segredos nem teorias da treta. O meu trabalho é demasiado redutor para aquelas que são as minhas capacidades. Certo. Mas permite-me ter qualidade de vida. E foi uma escolha minha. Que assumo. Para o bem e para o mal. Não quer dizer que não tenha dias de querer mandar tudo para o alto e seguir outro caminho. Mas no fundo sei que é este o meu caminho.

Não tenho casa? Hei-de ter. Um dia.

Não estou apaixonada? Hei-de estar. Um dia.

Estou triste? Hei-de sorrir. Amanhã. Hoje. Daqui a pouco.

Não sou optimista. Mas também não vejo tudo negro à minha volta. Vejo esperança. Vejo caminho. Vejo céu azul. Vejo luz. Muita luz. Vejo alegria. Vejo partilha. Vejo as minhas curvas e contra-curvas. Os meus acidentes de percurso. E só posso sorrir. Porque tenho a melhor das companhias neste autocarro panorâmico... que poderia querer mais?

Enganei-me. Estou sim apaixonada. Não é cliché. Mas amo viver. E claro que gostava que as coisas fossem sempre boas... mas a paleta tem mais cores... e não pode ser sempre cor-de-rosa.

5 comentários:

Brigitte disse...

Confesso-te que não sei o que é estar apaixonada por alguem a algum tempo.....mas adoro,amo estar apaixonada por esta vida.....

:)

Rony disse...

Sim, a vida é uma viagem e por vezes temos de dar "uma ganda bolta" para chegarmos onde queremos...

Isandes disse...

ai, filho da mãe do saturno k anda a melgar meio mundo... lol (és mesmo fófi! bisoux)

bono_poetry disse...

Temos de andar os dois uma volta de montanha russa,acho que estamos em sintonia!!!es muita linda e as cores estao todas a tua mao,da-lhes contornos e deixa que te diga ...redutor e a carruagem do ti antonio!!da-lhe com alma Ana !!da-lhe com ganas ,sempre!Mas da-lhe mesmo!

Ianita disse...

Brigitte: somos duas!! :) E é tão bom!!!!

Rony: enjoy the ride ;)

Isandes: os teus elogios são estranhos :) mas eu gosto! Obrigada! :) E sim, Saturno não está com nada!!

Bono: Haja estadia em Londres e consigo convencer a minha amiga e companheira de loucuras a ir comigo :) e vamos aí ver esse pub! Montanhas russas é que não é comigo... sou assim para o medrosa ;)