Ainda me arrepio. Quando ouço. Quando vejo. Sinto como se lá tivesse estado. Vivo com as marcas de um tempo que não é meu. E sinto-o como se fosse.
Sou assim estranha. Tão ligada ao futuro e tão ligada ao passado. Os passados que não são meus. Memórias que não são minhas. Mas que são. Minhas. Eternas. Para sempre.
Fica a inevitável homenagem. Porque enquanto eu viver e puder, esta homenagem será sempre inevitável. Aos poetas... aos guerreiros das palavras...
E se no ano passado ficaram as palavras de Jorge de Sena e de Manuel Alegre, este ano, Ary dos Santos e uma das mais fantásticas letras para uma música de festival... que tão cheia de crítica, ganhou o 1º lugar... Tourada. :)
Sou assim estranha. Tão ligada ao futuro e tão ligada ao passado. Os passados que não são meus. Memórias que não são minhas. Mas que são. Minhas. Eternas. Para sempre.
Fica a inevitável homenagem. Porque enquanto eu viver e puder, esta homenagem será sempre inevitável. Aos poetas... aos guerreiros das palavras...
E se no ano passado ficaram as palavras de Jorge de Sena e de Manuel Alegre, este ano, Ary dos Santos e uma das mais fantásticas letras para uma música de festival... que tão cheia de crítica, ganhou o 1º lugar... Tourada. :)
Não importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.
Ninguém nos leva ao engano
toureamos mano a mano
só nos podem causar dano
espera.
Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
são tretas.
Entram vacas depois dos forcados
que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
que não pagam nada
e só ficam os peões de brega
cuja profissão
não pega.
Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera
estamos na praça
da Primavera.
Nós vamos pegar o mundo
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza
graça.
Entram velhas doidas e turistas
entram excursões
entram benefícios e cronistas
entram aldrabões
entram marialvas e coristas
entram galifões
de crista.
Entram cavaleiros à garupa
do seu heroísmo
entra aquela música maluca
do passodoblismo
entra a aficionada e a caduca
mais o snobismo
e cismo...
Entram empresários moralistas
entram frustrações
entram antiquários e fadistas
e contradições
e entra muito dólar muita gente
que dá lucro as milhões.
E diz o inteligente
que acabaram asa canções.
2 comentários:
Há 2 anos festejámos este dia em grande, estávamos em Grândola e tivemos direito a cravo e tudo!
É preciso não esquecer, nunca:
25 de ABRIL SEMPRE!
Fico emocionada, por uma jovem como tu ter este sentimento, mais uma coisa que aprecio em ti.
25 de Abril Sempre!
Beijinho
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