Ontem esteve a dar o I am Sam, na RTP. Embora o filme tenha começado muito antes de as novelas dos canais concorrentes terem terminado, ainda assim, foi demasiado tarde aqui para a cinderela. Prolonguei a hora de deitar em 20 minutos e vi um bocadinho. Vi a cena na sapataria que é fantástica. De facto, não percebo por que é que só as crianças recebem balões. Se nos dessem um balão de vez em quando, será que não andaríamos mais felizes?
O Sean Penn é um grande grande actor. E por mais que goste dele no Mystic River, não consigo acreditar como é que ele ganhou aí o Óscar e não aqui. E esta miúda, a Dakota Fanning, brutal.
Fui dormir a pensar na vida. E, mais uma vez, não consegui dormir (hoje sou, oficialmente, uma zombie). A maior parte das coisas na nossa vida são-nos impostas. Não escolhemos o tempo que vai estar. Não escolhemos o nome com que nascemos, nem o sexo com que nascemos, nem as doenças com que nascemos, nem tão pouco as deficiências... Não escolhemos se está trânsito ou não. Não escolhemos de quem gostamos e muito menos quem gosta de nós.
As circunstâncias são-nos impostas. O que fazemos com elas é que já é nossa escolha. Escolhemos se fugimos ou enfrentamos. Escolhemos se vamos ou se ficamos. Escolhemos se somos homens ou ratos. Escolhemos. Temos portanto de parar de nos desculpar com as circunstâncias, com a conjuntura, com os outros. Temos de parar de nos desculpar com o que não escolhemos e com o que não podemos mudar, e tomar responsabilidade pelas nossas escolhas. E perceber que podemos não conseguir mudar o passado, mas fazer um futuro diferente está nas nossas mãos.
O Sean Penn é um grande grande actor. E por mais que goste dele no Mystic River, não consigo acreditar como é que ele ganhou aí o Óscar e não aqui. E esta miúda, a Dakota Fanning, brutal.
Fui dormir a pensar na vida. E, mais uma vez, não consegui dormir (hoje sou, oficialmente, uma zombie). A maior parte das coisas na nossa vida são-nos impostas. Não escolhemos o tempo que vai estar. Não escolhemos o nome com que nascemos, nem o sexo com que nascemos, nem as doenças com que nascemos, nem tão pouco as deficiências... Não escolhemos se está trânsito ou não. Não escolhemos de quem gostamos e muito menos quem gosta de nós.
As circunstâncias são-nos impostas. O que fazemos com elas é que já é nossa escolha. Escolhemos se fugimos ou enfrentamos. Escolhemos se vamos ou se ficamos. Escolhemos se somos homens ou ratos. Escolhemos. Temos portanto de parar de nos desculpar com as circunstâncias, com a conjuntura, com os outros. Temos de parar de nos desculpar com o que não escolhemos e com o que não podemos mudar, e tomar responsabilidade pelas nossas escolhas. E perceber que podemos não conseguir mudar o passado, mas fazer um futuro diferente está nas nossas mãos.
Escolhas. Tanta coisa que não podemos mudar... podemos pelo menos ser mais assertivos nas nossas escolhas. Podem até revelar-se erradas, mas que sejam certas quando as fazemos.
21 comentários:
Onde é que se assina em concordância? ;)
Mag: aqui mesmo :)
Assinado: Mag :)
Hummmm...nunca vi!!!!!
Brigitte: sério? Tens de ver então. É uma lição de vida. Não escolhemos como nascemos, mas podemos escolher como vivemos a nossa vida. E o Sam viveu-a com amor. :)
Também não vi. E podia ter gravado... lol! Tens que me dar as dicas dos filmes, antes deles começarem... ehehehehe!!!
De resto, como eu te entendo. Como eu te entendo!!!!
Vera: pois, estavas concentrada na cabo :)
Eu tembém não sabia que ia dar. Começou a dar e pronto... é um grande filme. :) Para a próxima, aviso!
Kisses
eu ainda vi um pouco, mas como começou muito cedo, perdi metade do filme!!!
:-)
@me@@: pois... para mim também começou muito cedo. LOL :)
Eu há muito que quero ver este filme, mas ontem não estava com espírito para o ver, não me apetecia reflectir muito, lol.
Mas sim, não podemos mudar o passado, mas o futuro é todo nosso, haja coragem para lutar e ser feliz!
Verónica: o filme em si não é para pensar... é para sentir. Eu é que ando numa fase mais introspectiva e qualquer coisa me faz pensar. Demais, dirás. Ainda assim... há fases assim.
O futuro é nosso mesmo. Há que fazer as pazes com o passado e abraçar o futuro. :) Um passo de cada vez.
Adorei esse filme também, quando o vi, não ontem :D
Tem partes de deitar a lágrima :P
Beijinhos
Iandu: por acaso, só por acaso, não chorei a vê-lo :) Sou muito forte eu! :) LOL
Sim, o mais certas possíveis quando as fazêmos..., depois logo se vê. Tomar decisões é assumir riscos, mas quanto a mim "é preferível uma má decisão do que decisão nenhuma", andar ai sabor do vento não é para mim.
Posso até errar e erro, mas aprendo e aquele erro não volto a cometer.
Já vi o filme, de outra vez. Nem sabia que tinha dado ontem.
Sem dúvida dois grandes actores. O Sean Pean consegue vários géneros e personagens, o que não é para todos.
A Dakota (coitadinha só não gosto do nome) é um espanto de miúda-actriz. A primeira vez que a vi foi numa série do Spielberg, sobre aliens, agora não me lembro do nome da série. Ela fazia de menina especial...
Desde aí nunca mais a perdi de vista.
Beijinhos
Fénix: "é preferível uma má decisão do que decisão nenhuma" - concordo em género, número e grau! Sem dúvida nenhuma!!!
Kisses :)
Já que não podemos escolher as circunstâncias temos de tentar escolher o que fazer com elas e, de preferência, enfrentar o que quer que elas tragam...:)
bjitos
Lilipat: precisamente! :)
Pois... Se já era tarde para a Cinderela, para mim a hora já devia ser mesmo proibitiva. Mas foi pena porque também nunca vi o filme. Nem esse nem o Mistic River.
Tem graça porque também fui para a cama a pensar na vida... mas felizmente isso a mim só me roubou uma hora de sono (desta vez). :P
E também subscrevo tudo o que disseste. :) Não vale a pena chorar sobre leite derramado... Há que limpar a porcaria e decidir o que fazer a seguir porque se ficarmos simplesmente a olhar para ele, apenas vai azedar. Muitas vezes tomar uma decisão não é fácil e é por isso que apenas alguns chegam a cargos de grande importância. Isso por si só já é revelador do quão positivo o simples acto de 'decidir' pode ser. :)
Mr. Rice: quando alguma coisa me tira uma hora de sono, é assunto muito sério. O problema é que me começo a enervar com o passar do tempo o que normalmente piora a situação...
São ambos grandes filmes. Tal como o mais recente Milk. Não sei qual o teu tipo de filme, mas acho que eras senhor para gostar. :)
Decidir é difícil. Muito. Mas se não o fizermos, o que é da nossa vida?
Sr.ª D. Anita: Pois, pois.
Não só adoro este filme, o que não surpreende ninguém "desse" lado a esta época do campeonato, como concordo com tudo o que disseste, como ainda também fui para a cama a pensar na vida... [mas eu faço mais alguma coisa?]
Sabes mais ou menos o imbróglio em que estou... as opções que fizeram por mim, as coisas que não escolhi. Mas também sabes que tento não fugir, muito menos ser rato... e com o que distraio desde o "último solavanco" ;)
Também sabes a quem devo muitas gargalhadas e sorrisos, mas isso já é outra história ;)
Beijo muito grande e obrigada por este post,
Izzie: foram feitas escolhas por ti. Mas essas não podes controlar. Por isso, concentra-te nas escolhas que TU podes fazer :)
Sempre ao dispor :)
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