Hoje espalhei-me ao comprido.
Era uma manhã como as outras. Acordei à mesma hora... fiz todas as mesmas coisas no mesmo tempo mecânico de todos os dias. Casa-de-banho, comprimidos, roupa, maquilhagem, fazer a cama...
Depois começaram a suceder-se as coisas diferentes... Fechar a janela porque os meus pais não estão em casa... pego na mala para sair do quarto e o pé direito escorrega no chão magnificamente encerado pela minha mãe ontem. Caio sobre o joelho esquerdo... fiquei deitada ao comprido... o sapato voou do pé... senti muitas dores... no joelho e na mão direita. Não bati com a cabeça porque, estrategicamente, a porta da casa-de-banho estava aberta.
Tentei levantar-me e não consegui. Fiquei assim. A tentar avaliar os estragos. A tentar perceber se me apetecia chorar ou se não era caso para tanto. A saber que me estava a atrasar. A pensar "treta de sandálias baixas que ainda este ano não vos tinha calçado e mal vos calço me fazem isto".
Afastei da mente pensamentos negativos do tipo "dia que comece assim não tem como correr bem" ou "não vou conseguir conduzir e vou faltar ao trabalho". Avaliei a situação por mais uns minutos (terão sido meros segundos?). Como é estranha a vida lá em baixo.... como se vê tudo tão diferente. Pensei depois que quando se cai não há outro caminho que não para cima... pensei que se as coisas já tinham corrido assim mal, que não iriam piorar e o resto do dia seria risonho.
Levantei-me. Dores no joelho e na mão. Calcei o sapato. Pus um sorriso nos lábios e fui para a cozinha. Larguei a mala. Caneca. Leite do frigorífico. Vou tirar o Nesquick do armário e assim do nada cai o frasco do café. Não partiu, mas a tampa abriu e eu fiquei com os pés cheios de café.
Conclusão? Às vezes as coisas são só como são. Sem segundos sentidos, sem lições a aprender. Às vezes uma queda é só uma queda. Às vezes só temos de ver o chão de mais perto... ali de nariz estatelado de encontro ao chão percebemos o quão fácil é...
Hoje espalhei-me ao comprido. Dói-me o joelho. Dói-me a mão. Dói-me um bocadinho o orgulho...
Era uma manhã como as outras. Acordei à mesma hora... fiz todas as mesmas coisas no mesmo tempo mecânico de todos os dias. Casa-de-banho, comprimidos, roupa, maquilhagem, fazer a cama...
Depois começaram a suceder-se as coisas diferentes... Fechar a janela porque os meus pais não estão em casa... pego na mala para sair do quarto e o pé direito escorrega no chão magnificamente encerado pela minha mãe ontem. Caio sobre o joelho esquerdo... fiquei deitada ao comprido... o sapato voou do pé... senti muitas dores... no joelho e na mão direita. Não bati com a cabeça porque, estrategicamente, a porta da casa-de-banho estava aberta.
Tentei levantar-me e não consegui. Fiquei assim. A tentar avaliar os estragos. A tentar perceber se me apetecia chorar ou se não era caso para tanto. A saber que me estava a atrasar. A pensar "treta de sandálias baixas que ainda este ano não vos tinha calçado e mal vos calço me fazem isto".
Afastei da mente pensamentos negativos do tipo "dia que comece assim não tem como correr bem" ou "não vou conseguir conduzir e vou faltar ao trabalho". Avaliei a situação por mais uns minutos (terão sido meros segundos?). Como é estranha a vida lá em baixo.... como se vê tudo tão diferente. Pensei depois que quando se cai não há outro caminho que não para cima... pensei que se as coisas já tinham corrido assim mal, que não iriam piorar e o resto do dia seria risonho.
Levantei-me. Dores no joelho e na mão. Calcei o sapato. Pus um sorriso nos lábios e fui para a cozinha. Larguei a mala. Caneca. Leite do frigorífico. Vou tirar o Nesquick do armário e assim do nada cai o frasco do café. Não partiu, mas a tampa abriu e eu fiquei com os pés cheios de café.
Conclusão? Às vezes as coisas são só como são. Sem segundos sentidos, sem lições a aprender. Às vezes uma queda é só uma queda. Às vezes só temos de ver o chão de mais perto... ali de nariz estatelado de encontro ao chão percebemos o quão fácil é...
Hoje espalhei-me ao comprido. Dói-me o joelho. Dói-me a mão. Dói-me um bocadinho o orgulho...
24 comentários:
Que todos os males sejam esses...
Paulo: neste momento penso nas coisas que podiam ter conspirado para que aquela simples queda fosse pior... tivesse batido com a cabeça e teria sido pior... e sem ninguém em casa para ajudar...
Assim... causei só um terramoto de pequena intensidade :)
Tadinha de ti.....hoje, sei lá, tou com o coração mais pequenino que o habitual.....espero que passe a sensação não é das melhores!!!
As melhoras para o teu joelho!!!
beijos
brigitte: isto incha desincha e passa... como tudo na vida! :)
O teu coraçãozinho que hoje está pequenino, amanhã já sorri, vais ver! :)
Beijinhos!
Miga,
há dias assim, eu tenho umas marcas terriveis nos joelhos, pois tive um acidente à uns tempos atrás e só agora sararam!!!
Isto de ser verão com uns joelhinhos neste estado é lastimável!!!
Vais ver que ficas bem!!! bora lá a levantar o astral!!!
bjs
Chocolate: sim... às vezes uma queda é só uma queda...
Beijinhos!
O joelho incha e desincha mas deixa lacuna!!!!
O meu braço direito que o diga!!!!
Caí à quase 2 anos e ainda no domingo me doeu como se não houvesse amanhã!!!
Brigitte: nem me fales... eu tive o azar de dar com um dermatologista que achou que eu tinha de tirar um fibroma que não era mais que uma borbulha... tenho uma cicatriz enorme... comprida e larga... mesmo acima do joelho direito...
Mas pronto... diz que estas coisas nos dão charme. E se não derem... temos pena!
Dão pois....nem que seja a curiosidade para saber o que se passou com o teu joelho...vais ver que ainda vais fazer sucesso!!!!
Brigitte: pelo menos por enquanto ainda não provoquei sucesso... só alívio por terem percebido que aquilo não foi um terramoto, mas apenas eu a cair :D
Hummm... que má onda. Estou à espera que as dores passem. Se precisares de alguma coisa, avisa...
Beijos!
Vera: precisava de não ter caído quando estava sozinha e abandonada em casa... precisei de mimos e que me soprassem no joelho e me dissessem que tudo ia ficar bem.
Vai, não vai?
Obrigada, mas não é nada de grave... vai passar.
Kisses
Isso não será o "estigma" de perceber que hoje não vai haver Alberto para arrebitar o olhar no escritório? ;)
(as melhoras das dores, querida!)
Mag: logo hoje que eu até se calhar lhe saltava pro colo... estava a precisar de miminhos... e logo hoje ele não está.... :)
As dores na mão já passaram... no joelho entretanto pioraram, mas isto passa...
Obrigada!
Não há razão para te doer o orgulho. Haveria sim se não tivesse tomado a atitude que tomaste. Porque há pessoas que caem e depois não se levantam com medo de caírem outra vez. Focam-se nas coisas negativas que podem acontecer e depois só vêem essas. A tua conclusão está 100% correcta, fez-me lembrar uma frase que é atribuída ao Freud... "Sometimes a cigar is just a cigar.".
Mr. Rice: não foi esperteza e muito menos terá sido inteligência.... não tinha quem me lambesse as feridas... ou ficava no chão do corredor com a cabeça já na casa-de-banho, ou me levantava e vinha trabalhar...
Uma queda é só uma queda. Caí no corredor de casa. Só isso.
Desculpa, mas tive de me rir a ler isto...:)
E quanto às dores, as do joelho e da mão são normais mas passam...a do orgulho não é nada necessária, afinal levantaste-te com um sorriso na cara...isso já é motivo de orgulho...:D
bjitos
Lilipat: que ruiiiimmmm!! :)
O joelho já só dói se lhe mexer :)
Doeu o orgulho por ter caído que nem uma miúda e por, confesso, ter derramado uma lagrimita.... :/
Beijos!
Fantástica reflexão nascida de uma trivialidade (não kerendo subvalorizar teu dói-dói, claro) *
Isandes: tu és ruim!! :) porque o meu dói-dói doeu muuuuiiitooo! :)
É uma grande perda teres essa nódoa negra no joelho e ninguém a quem a mostrar... ohhhh
Verónica: tá tão negroooo!! Snif! Snif! Preciso de mimos e estou sozinhaaaaaa!!!
lol
Agora já estou actualizado ;)
Iandu: viste! Ainda tu gozaste cmg, you bad bad boy! :D
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