25 de outubro de 2009

Diálogo...



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Nunca tinha pensado muito nisto, mas a verdade é que há muita gente insatisfeita e esfomeada por aí. Pessoas que estão em relações, mas que não conseguem falar, dizer o que querem. Insatisfeitas. E às vezes até andam ambos às voltas com as mesmas fantasias, a procurá-las em terceiros e em quartos e em quintos... e não falam um com o outro.

Tabus há muitos ainda. É verdade que ninguém é obrigado a nada, mas com diálogo, com informação, com conversa, com negociação, as coisas resultam muito melhor. Mas as pessoas não falam... e os senhores andam por aí esfomeados à procura do que não têm em casa, normalmente a concretização de fetiches sexuais... e as senhoras andam por aí à procura do que não têm em casa, normalmente a concretização de fetiches, mas também de algo mais...

E as senhoras arranjam-se para se encontrarem com os amantes. E os senhores compram prendas às amantes e mandam-lhes mensagens a meio do dia. Por que não dispendem esta energia nos cônjuges?

Há relações que seguramente não terão salvação... mas para quê insistir em algo que não nos satisfaz, seja por que motivo for? Tanta coisa que se resolvia com uma conversa honesta e directa durante uma noite de copos... tanta tanta...

7 comentários:

Vera Angélico disse...

ianita,

Passei horas e horas da minha vida a pensar nisto. A pensar que sou uma insatisfeita de natureza. E que provavelmente é por isso que aos quase 30 não tenho uma relação estável. Porque não ia, nesta fase, pactuar com uma situação, só porque era confortável. Só porque dava jeito. Só porque sim.

Não vivemos a vida toda alimentados de paixão. A paixão é efémera. Mas recuso. Quero intensidade. E rotina. E caos. E pensar que no meio do caos há perfeição. E cumplicidade. E borboletas na barriga. Quero partilha. Compreensão. Fogo. Calma. Segurança. Quero o meu conto de fadas. O kamasutra. E vontade. De não querer mais nada, nem mais ninguém, nem coisa nenhuma.

Só assim faz sentido. Como te entendo...

Ianita disse...

Vera L. A. F. A. : :)

E vais ter tudo. Porque mereces tudo. Porque o procuras. Porque não vais querer menos que tudo.

Só não entendo por que é que as pessoas simplesmente não falam. Não gritam, não berram, não discutem... aliás, desconfio de casais que não discutem... desde que não se ofenda ninguém, discutir é fundamental.

Não entendo como é que é possível viver assim... sem falar... sem confiar no outro... sem cumplicidade...

Não entendo.

Só porque sim :)

Rice Man disse...

Acho que o essencial é um parceiro saber transmitir a sua confiança no outro. Confiança que sabe é amado(a) e que sabe que o outro jamais faria algo que o(a) magoasse. Afinal de contas as palavras só magoam quanto a convicção de quem as profere.

(Não sei se me expliquei bem... E se tenho dúvidas é porque provavelmente não. :P )

Rony disse...

Existem também pessoas que são incapazes de não trair, são extremamente dissimuladas e a pior espécie que existe...

Ianita disse...

Rice: muitas pessoas têm medo de dizer o que querem... têm o parceiro num pedestal tal que pensam que há coisas que não se fazem com o parceiro... e depois também não querem deixar de as fazer... trágico! LOL

VG: são os compulsivos. Podem até ter à vontade... podem ter o melhor companheiro do Mundo, mas simplesmente não conseguem estar só com uma pessoa. Eu isso entendo, não entendo é que se engane o parceiro. Se a pessoa não consegue ser fiel, então que não assuma nenhuma relação! Mas... faz falta alguém que lave a louça e que nos lave a roupa interior... por isso... LOL

Estou contigo! ;)

Luisa disse...

Aqui está uma matéria em que sou doutorada! Só conversando é que eu te explicaria como se vive a brigar, a fingir e a suportar....

Ainda bem que és uma boa menina.
Estás mais alertada e, és decidida!

Beijinhos
Luisa

Ianita disse...

Luísa: sobrevive-se?

Sou alertada e decidida, mas não estou livre de absolutamente nada. Aliás, estive 6 anos com um tal e qual a VG descreve... não entendo o porquê de se estar com muitas pessoas ao mesmo tempo, não entendo a necessidade de enganar e mentir... mas que existe existe...

E nós sobrevivemos.

Beijos