Às vezes penso que não deveria dizer nada. A verdade é que muitas pessoas se sentem desconfortáveis com este tipo de tema. Ainda há o estigma. Mas gosto de aqui registar as minhas coisas... loucuras e pensamentos...
Mas não são só os "doidos" que vão ao psicólogo e ao psiquiatra. Eu vou. E não sou doida. Tenho as minhas loucuras. As minhas maluqueiras. Mas encaixo na maioria dos padrões globalmente aceites como "normais". Vou porque me faz bem. Não fui obrigada. Não fui a mando de nenhum outro médico. Fui e vou porque sinto que preciso e que me faz bem.
Na primeira vez que estive com a psicóloga admito que tive várias vezes o pensamento "mas quem é esta fulana para achar que me conhece?". Mas a verdade é que conhece. Custa é ouvirmos alguém de fora a meter o dedo na ferida. A "desnudar-nos" daquela maneira.
Ela é, sem dúvida, a pessoa certa para mim. Directa. Frontal. Dura. Olha-me nos olhos e diz-me o que tem a dizer. Não vou lá para me porem paninhos quentes nem para me chamarem de coitadinha. Vou lá para encarar o touro pelos cornos e tentar ser e estar melhor. Assim sendo, era mesmo de uma pessoa como ela que eu precisava.
Faz-me bem falar com ela. Porque ela desconstrói as minhas racionalizações, as minhas certezas e incertezas. Põe em cheque tudo o que eu digo. E eu posso tentar ver outros caminhos. E, ao fim de dois dias, vejo uma luzinha lá ao fundo. E sinto que estou no caminho certo. Porque me sinto melhor. E este sentir melhor não se reflecte na minha interacção com os outros. Não se reflecte na minha vida do dia-a-dia. Reflecte-se em mim. De mim para mim. Olhos nos olhos.
Dia 28 lá volto. Para um dois em um. E por mais que me custem as viagens, gosto muito de ir. Porque o caminho é feito em silêncio. Só se ouve o som do carro no asfalto e os meus pensamentos. E gosto. Destes momentos só comigo. E gosto de chegar lá e que me ponham à prova. Que me esmifrem os miolos. Não resultaria se fosse uma imposição. Não resultaria se não tivesse sido uma decisão pensada e ponderada e tomada exclusivamente por mim. Demorei o meu tempo, mas o tempo chegou. E o tempo é agora.
Tenho de me dar menos importância. Achar-me mais normal. Desvalorizar as coisas que me vêm à cabeça. Aceitar que não sou responsável pelas decisões e erros dos outros. Aceitar que não posso evitar que as coisas aconteçam. Aceitar que não sou responsável pela vida dos outros. Aceitar que tenho de viver a minha vida sem pensar nos outros. Deixar de abdicar da minha vida pelos outros. E eu acredito que um dia vou conseguir...
Mas não são só os "doidos" que vão ao psicólogo e ao psiquiatra. Eu vou. E não sou doida. Tenho as minhas loucuras. As minhas maluqueiras. Mas encaixo na maioria dos padrões globalmente aceites como "normais". Vou porque me faz bem. Não fui obrigada. Não fui a mando de nenhum outro médico. Fui e vou porque sinto que preciso e que me faz bem.
Na primeira vez que estive com a psicóloga admito que tive várias vezes o pensamento "mas quem é esta fulana para achar que me conhece?". Mas a verdade é que conhece. Custa é ouvirmos alguém de fora a meter o dedo na ferida. A "desnudar-nos" daquela maneira.
Ela é, sem dúvida, a pessoa certa para mim. Directa. Frontal. Dura. Olha-me nos olhos e diz-me o que tem a dizer. Não vou lá para me porem paninhos quentes nem para me chamarem de coitadinha. Vou lá para encarar o touro pelos cornos e tentar ser e estar melhor. Assim sendo, era mesmo de uma pessoa como ela que eu precisava.
Faz-me bem falar com ela. Porque ela desconstrói as minhas racionalizações, as minhas certezas e incertezas. Põe em cheque tudo o que eu digo. E eu posso tentar ver outros caminhos. E, ao fim de dois dias, vejo uma luzinha lá ao fundo. E sinto que estou no caminho certo. Porque me sinto melhor. E este sentir melhor não se reflecte na minha interacção com os outros. Não se reflecte na minha vida do dia-a-dia. Reflecte-se em mim. De mim para mim. Olhos nos olhos.
Dia 28 lá volto. Para um dois em um. E por mais que me custem as viagens, gosto muito de ir. Porque o caminho é feito em silêncio. Só se ouve o som do carro no asfalto e os meus pensamentos. E gosto. Destes momentos só comigo. E gosto de chegar lá e que me ponham à prova. Que me esmifrem os miolos. Não resultaria se fosse uma imposição. Não resultaria se não tivesse sido uma decisão pensada e ponderada e tomada exclusivamente por mim. Demorei o meu tempo, mas o tempo chegou. E o tempo é agora.
Tenho de me dar menos importância. Achar-me mais normal. Desvalorizar as coisas que me vêm à cabeça. Aceitar que não sou responsável pelas decisões e erros dos outros. Aceitar que não posso evitar que as coisas aconteçam. Aceitar que não sou responsável pela vida dos outros. Aceitar que tenho de viver a minha vida sem pensar nos outros. Deixar de abdicar da minha vida pelos outros. E eu acredito que um dia vou conseguir...
3 comentários:
Eu tenho a certezade que o vais conseguir! Já fizeste metade do caminho :)
Ana, quem acha que os psicólogos e os psiquiatras são apenas para os malucos é que devia ter acompanhamento. Lá em casa a única que ainda não sentiu necessidade de o fazer fui eu e o restante núcleo recorre a essa ajuda pq os resultados estão à vista, o fardo fica mais pequeno e as ideias mais arrumadas. Se te sentes bem, continua :)
Sayuri: passo a passo...
Filipa: continuo mesmo :D
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