"Ó habitantes de Tebas, nossa pátria, olhai: este é Édipo que conhecia os famosos enigmas e era o mais poderoso dos homens; ele, a quem nenhum dos cidadãos contemplava sem invejar a sua sorte, em que procela de desgraça se vem precipitar! Assim, aos olhos dos mortais que esperam ver o dia derradeiro, ninguém pareça ser... feliz, até ultrapassar o termo da vida, isento de dor." Sófocles, Rei Édipo
Sozinha. Nunca tive medo de estar sozinha, porque não me sinto sozinha. E sempre achei útil passar tempo comigo. Com os meus pensamentos. Ainda assim... nunca tinha ido sozinha ao cinema, muito menos ao teatro.
Aliás... tinha a mania de dizer que nunca tinha ido sozinha a parte nenhuma. Às vezes não olhamos bem as coisas que fazemos e têm de ser pessoas de fora a apontar o dedo e dizer... é mentira... não foste para a Amadora sem conhecer lá ninguém, arranjaste trabalho e casa e foste sozinha? Não foste 2 meses para Albufeira? Carregaste o carro e foste... sem ter ninguém conhecido à espera e sem saber bem ao que ias?
Verdade. Enchia eu a boca para dizer que nunca tinha ido sozinha a parte nenhuma, que era medricas e afinal já fiz muitas coisas... já venci muitas barreiras. Barreiras minhas. Internas. Pessoais.
Ainda assim... dessas duas vezes fui para trabalhar... em lazer é mais complicado andar sozinha... não quer dizer que não vá sozinha à praia... ou que não vá às Capelas Imperfeitas em busca do príncipe... ou tomar um chá a um cafézinho à beira-mar. Mas tudo aqui na minha zona de conforto... no meu ambiente...
Ontem fui ao cinema. Sozinha. Vi o filme sem ter com quem o comentar. Com quem rir. Com quem chorar. E ri na mesma o que tinha de rir.
Hoje fui ao teatro. Uma peça que queria muito ver. Em Lisboa. Comprei o bilhete há já duas semanas. E fui. Sozinha. Com planos de um café com uma amiga depois de almoço. Fui às compras... fui almoçar... fui tomar o chá à Brasileira... vi material importado de primeiríssima qualidade... caminhei até ao Rossio e fui ao Teatro. Sozinha. Sem ter com quem comentar a performance fantástica do Diogo Infante. Sem ter com quem comentar o fantástico jogo de luzes. Sem ter com quem comentar a música... Minto. Fui comigo. E gostei muito da companhia.
A primeira fase do meu plano está completa. Foi superada com sucesso. Venha a segunda!
Sozinha. Nunca tive medo de estar sozinha, porque não me sinto sozinha. E sempre achei útil passar tempo comigo. Com os meus pensamentos. Ainda assim... nunca tinha ido sozinha ao cinema, muito menos ao teatro.
Aliás... tinha a mania de dizer que nunca tinha ido sozinha a parte nenhuma. Às vezes não olhamos bem as coisas que fazemos e têm de ser pessoas de fora a apontar o dedo e dizer... é mentira... não foste para a Amadora sem conhecer lá ninguém, arranjaste trabalho e casa e foste sozinha? Não foste 2 meses para Albufeira? Carregaste o carro e foste... sem ter ninguém conhecido à espera e sem saber bem ao que ias?
Verdade. Enchia eu a boca para dizer que nunca tinha ido sozinha a parte nenhuma, que era medricas e afinal já fiz muitas coisas... já venci muitas barreiras. Barreiras minhas. Internas. Pessoais.
Ainda assim... dessas duas vezes fui para trabalhar... em lazer é mais complicado andar sozinha... não quer dizer que não vá sozinha à praia... ou que não vá às Capelas Imperfeitas em busca do príncipe... ou tomar um chá a um cafézinho à beira-mar. Mas tudo aqui na minha zona de conforto... no meu ambiente...
Ontem fui ao cinema. Sozinha. Vi o filme sem ter com quem o comentar. Com quem rir. Com quem chorar. E ri na mesma o que tinha de rir.
Hoje fui ao teatro. Uma peça que queria muito ver. Em Lisboa. Comprei o bilhete há já duas semanas. E fui. Sozinha. Com planos de um café com uma amiga depois de almoço. Fui às compras... fui almoçar... fui tomar o chá à Brasileira... vi material importado de primeiríssima qualidade... caminhei até ao Rossio e fui ao Teatro. Sozinha. Sem ter com quem comentar a performance fantástica do Diogo Infante. Sem ter com quem comentar o fantástico jogo de luzes. Sem ter com quem comentar a música... Minto. Fui comigo. E gostei muito da companhia.
A primeira fase do meu plano está completa. Foi superada com sucesso. Venha a segunda!
(o Rei Édipo, a par da Medeia, é, para mim, a melhor tragédia da história das tragédias... como um homem sábio se pode perder... com um homem inteligente e até visionário não vê o que está mesmo à sua frente... "maior cego é aquele que não quer ver", n'est pas? Édipo cega-se, mas já estava cego há muito, embora visse a luz. Todo o conflito, o drama, a inevitabilidade dos Fata... tudo ali, muito bem representado. Já li esta peça uma dúzia de vezes, tendo até traduzido excertos, mas uma peça só se concretiza no palco. E vê-la ali assim... foi como se nunca a tivesse lido... Recomendo... a quem goste dos Clássicos... a quem goste de psicologia... a quem goste de teatro. Na sala Garrett, no Teatro D. Maria II)
10 comentários:
olá
desculpa vir por aqui, mas estou a estranhar uma coisa
alguém sabe do "bono"?
está tudo bem?
bjinhos
Eu gosto da minha companhia, dou-me bem comigo... mas falta-me dar esse passo e fazer esse programa comigo =)
dina: não sei de nada... e nem tenho forma de contacto, além do e-mail e do msn... :(
Cleo: pois... é tipo eu... e agora, à beira dos 30, no balanço da minha vida, na perspectiva do que ainda quero para mim, vendo que os meus amigos nem sempre querem o mesmo que eu, nem sempre gostam do mesmo que eu, ou porque têm namorado/a ou marido/mulher, ou porque não têm dinheiro, ou porque não ou porque sim... estou farta de estar em casa a lamentar-me que não tenho companhia para fazer algumas coisas que quero... Desta vez nem convidei ninguém. Foi o meu primeiro passo. Comprar o bilhete e ir sozinha. Comigo. E vou levar a experiência mais longe. Ai se vou! Mi aguarde! :)
Olha... eu acho que há coisas que nos faz bem fazermos sozinhos. Em Janeiro estive num hotel sozinha, como sabes. Antes de ir, pensei que me ia sentir estúpida, e afins. A verdade é que a minha companhia foi agradável. E foi bom sentir o meu espaço. E fazer o que me deu na gana, sem ter que "dar cavaco" a ninguém.
(Estou aqui numa de saber qual é a próxima aventura... mas já vi que não há hipótese nenhuma... lol).
Beijos.
Vera: eu vou a sítios sozinha. Tantas vezes já fui a Coimbra sozinha só para ir Às compras... mas Coimbra, como as coisas quase todas num raio de 80km, faz parte da minha zona de conforto.
O que pretendo com esta experiência é sair da minha zona de conforto e pôr-me à prova. Ir ao teatro a Lisboa não é a mesma coisa que ir a Leiria nem mesmo a Coimbra, entendes?
Eu sei que sou esquisita, mas preciso de me pôr à prova... até porque tenho de me habituar a isto!
Kisses
Olá olá!
Depois de uma ausência "forçada", estou de volta! O meu blog tinha um vírus que não deixava fazer nada, mas já aniquilei o filho da mãe mwahahahahahah! Passa por lá :) Já tenho saudades de blogar...e sempre gostei muito de blogar por aqui ;)
Beujo grande
Sofy
eternodiadema.blogspot.com
Uma rotação de 180º para a direita, e na foto onde estas sentada com o Pessoa, aparecia Apolo, o deus norte-americano! :D
Ric: vou espreitar :)
Sayuri: eu bem que disse que devíamos ter pedido para nos tirarem uma foto Às duas... não era descabido... toda a gente tira fotos naquele lugar... e ele estava mesmo mesmo ali à mão de semear!
Tinha um ar tão só e abandonado... eu bem que lhe dava aconchego :)
é, a gente desvaloriza-se tanto...
mas se tamos à espera d ter sempre companhia, na fazemos 1 data d coisas giras.
já fui ao cinema, a 1 concerto e a 1 casamento só. algumas destas coisas na foram tão divertidas, claro, mas se na as fizesse... De férias nunca iria só, not.
Isandes: é um bocado por aí... claro que era melhor com companhia. Mas assim é melhor que não ir de todo... :)
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